|
Texto Anterior | Índice
Sistema energético inventado na França volta dois séculos depois
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Em uma construção que se propõe auto-sustentável, não poderia
faltar uma forma de captação de
energia renovável e alternativa. A
opção escolhida para a "Smart
Home" foi o uso de placas fotovoltaicas, sistema que transforma
luz solar em eletricidade.
"As placas com fotocélulas ficam no telhado e captam a energia do sol, que é transformada em
corrente elétrica e armazenada
em baterias", explica o engenheiro Luiz Alexandre Mucerino, 46,
sócio da Ecoplano, consultoria
que participa do projeto da casa.
A solução não é nova. Segundo
a física Maria Julita Guerra Ferreira, 47, coordenadora do programa para desenvolvimento energético do Estado de São Paulo, a
energia fotovoltaica foi descoberta no século 19, na França.
"Hoje, é utilizada em locais distantes da rede elétrica, como ilhas,
cabanas, estações de esqui, sinalização em hidrovias. No Brasil, há
comunidades que têm o sistema
implantado há anos, como em casas da ilha do Cardoso [litoral sul
de São Paulo]", conta Ferreira.
As desvantagens do sistema são
a limitação de uso e o custo de
manutenção. "Serve somente para uns quatro pontos de luz. Além
disso, a manutenção é cara, as baterias têm de ser trocadas a cada
quatro anos, no mínimo, e custam cerca de R$ 1.000 cada uma."
Para Lauro de Vilhena Brandão
Machado Neto, 42, professor da
PUC-MG e coordenador da área
no Green (Grupo de Estudos em
Energia), o sistema fotovoltaico
não serve para áreas urbanas.
"Não há viabilidade econômica."
Texto Anterior: Projetos perseguem a correção ambiental Índice
|