|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRAGA
Dedetizar a casa não basta; é necessário conservar os cômodos limpos
Higiene põe fim à "festa" das baratas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A assistente social Sílvia Maria
de Lima Cardoso, 50, já lançou
mão das receitas mais inusitadas
para se livrar das baratas que apareciam em seu apartamento.
Usou ácido bórico com cerveja
nos cantos das portas ("nenhuma
apareceu morta"), testou ácido
bórico com cebola ("não adiantou"), distribuiu água quente em
tampinhas de cerveja ("deixei
dois dias, e nada"), pôs cravo nos
armários ("espanta, mas elas não
morrem") e contornou os armários com giz japonês ("some um
pouco, mas depois elas voltam").
Exaurida, chamou uma dedetizadora, mas o resultado foi decepcionante. Decidiu, então, lavar tudo que joga no lixo, como latas de
molho e vidros de maionese. "É
trabalhoso, mas adianta. Estou
até sentindo falta delas", brinca.
"Quanto mais higienizado for o
local, menos problemas haverá
com pragas", avaliza Luís Fernando Macul, 37, presidente da Aprag
(Associação Paulista de Controle
de Vetores e Pragas Urbanas).
Mas o administrador Luiz Cláudio dos Santos, 33, não teve tanta
paciência. No condomínio em
que mora, tinha problemas com
baratas, formigas e cupins. Para
acabar com a "festa", ele convocou uma empresa que, além da
dedetização, reestruturou as lixeiras, trocou as plantas e acompanha mensalmente a situação, enviando laudos para os moradores.
"A dedetização anual não era
suficiente, mas, com o controle,
não tenho mais dores de cabeça",
conta Santos. Os condôminos ratearam o custo de R$ 2.880.
Cupim
Só a dedetização também não
resolveu o problema de um condomínio na zona sul de São Paulo.
As baratas se foram, mas, ao chamar uma empresa especializada,
novos "vizinhos" apareceram.
"Há cupins em duas das cinco
árvores do local, que têm 80% de
comprometimento", explica o zelador Maurício Bernardo da Silva,
50. "O que causa mais prejuízo é o
cupim subterrâneo, que danifica
a estrutura, a rede elétrica e mantas de impermeabilização ao procurar madeira para comer", conta
Giddalthy Gomes, 42, gerente da
empresa Inset Center.
Para ele, as iscas devem ser utilizadas em conjunto com o tratamento do solo para manter os cupins afastados do ambiente.
Na linha mais natural, a estudante Luciana Harina, 22, optou
por velas de citronela e incensos
para não ser incomodada por
mosquitos. "Nunca fui adepta de
inseticidas. Além disso, a vela é
decorativa", conta Harina.
Para quem precisa recorrer a
uma empresa especializada, Macul avisa que é preciso tomar "cuidado com o "Zé Bombinha'".
A Aprag estima que, em São
Paulo, mais de 70% das empresas
operem sem licença de funcionamento. Por isso a entidade mantém uma linha (0/xx/11/5563-5258) para que os consumidores
possam tirar dúvidas.
(BMF)
Texto Anterior: Praga: Táticas contra insetos acertam na mosca Próximo Texto: Móveis: Empresa gaúcha "naturaliza" vidro Índice
|