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Construções em taipa já foram maioria em SP
NEUZA TASCA
DA REDAÇÃO
Quem visita o museu do
Pátio do Colégio (região central de São Paulo) vê, preservada, parte de uma das mais
antigas construções jesuíticas, feita em taipa, da Vila de
Piratininga. Até meados do
século 19, São Paulo era toda
construída assim.
O difícil acesso à vila, lugar
de passagem dos bandeirantes, privou-a das novidades
vindas do porto de Santos.
Portanto, os jesuítas, primeiros colonizadores e
construtores da cidade, sem
mão-de-obra especializada e
com a ajuda de índios e escravos, edificaram igrejas,
conventos e moradias em
taipa. Construções em tijolos só surgiram em meados e
no final do século 19.
O "boom" do café, a construção das estradas de ferro e
a imigração de mão-de-obra
européia especializada tiraram São Paulo do isolamento. As novidades subiram a
serra, mudando a forma de
construir e a cara da cidade.
Hoje, muitas construções
em taipa podem ser vistas no
centro, como o convento de
São Francisco ou a casa da
Marquesa de Santos.
A falta de recursos levou os
jesuítas a construir em taipa
e, hoje, com tecnologia
avançada e com o desenvolvimento dos materiais de
construção, volta-se ao passado para resolver o problema da moradia popular.
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