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MATERIAL
Apesar de caros, blocos de concreto pesam menos no final das contas
Tijolo e laje "demolem" o orçamento
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Já imaginou fazer uma casa sem
tijolos e dispensar a laje? Essas
técnicas estão profundamente
enraizadas na cultura construtiva,
mas abrir mão delas pode ajudar
a economizar bastante.
À primeira vista, os blocos de
concreto parecem caros quando
comparados com os tijolos. Os
primeiros saem por R$ 0,91 (de
vedação), enquanto cada tijolo
baiano custa R$ 0,20, e o maciço,
R$ 0,06, segundo o Sinduscon.
Mas engenheiros recomendam
atenção ao custo do metro quadrado. "Como a superfície da parede de tijolo é mais irregular,
consome muito mais revestimento do que as feitas de blocos de
concreto ou cerâmico", ensina
Mercia Barros, professora da Escola Politécnica da USP.
O uso de blocos de concreto
rende uma economia de até 30%
em relação à alvenaria com tijolos, segundo Alexander Capela
Andras, 41, da ABCP (Associação
Brasileira de Cimento Portland).
Segundo engenheiros, o bloco
cerâmico estrutural tem desempenho semelhante. "São os mais
adequados em termos de produtividade", ratifica Kurt Amann,
do Centro Universitário da FEI.
Como muitos proprietários de
terrenos inclinados têm orçamento restrito para contratar
uma aplainadora, geralmente recorrem ao tijolo para nivelar a superfície e começar a construção.
O engenheiro Marcio Santos
Faria, 47, especialista em blocos e
alvenarias da ABCP, fez as contas
para saber se compensa mais usar
tijolos ou blocos de concreto para
aplainar terrenos inclinados.
Chegou à conclusão de que se
gasta R$ 11 por m2 com blocos,
contra R$ 12 para fazer o nivelamento com tijolos. "A maior diferença é a economia no consumo
de argamassa, que é um material
muito caro", completa Santos.
Difíceis de serem encontrados
nas lojas, blocos de concreto podem ser localizados pela ABCP.
Laje
A laje também não reina absoluta no topo da casa. Dispensar a
tradicional, "batida" na obra, diminui o gasto com material e
mão-de-obra, na opinião de Vanderlei John, professor da Escola
Politécnica da USP. As chapas de
madeira usadas para fazer as fôrmas, por exemplo, foram as campeãs da remarcação -desde fevereiro de 2002, subiram 55%.
Opções que saem mais em conta são a laje pré-fabricada e os forros de madeira ou de gesso, que,
diferentemente da laje, exigem
sempre uma subcobertura.
"O de pinus é o mais barato, e o
de gesso empata em preço com a
laje pré-moldada, que custa, em
média, 20% menos do que a laje
feita na obra", calcula Faria.
Entretanto, ele ressalva que "o
projeto deve levar em conta a ventilação da casa e o material de que
é feita a cobertura".
(BMF)
ABCP: www.abpc.org.br ou
0800-555776
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