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É preciso tato para lidar com a mão-de-obra
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Abusar da talhadeira para abrir
paredes e exagerar em detalhes
construtivos são exemplos de como os gastos com mão-de-obra
podem implodir o orçamento.
"No Brasil, as construções demoram duas vezes mais para ficarem prontas do que nos EUA ou
na Holanda", afirma Alexander
Capela Andras, diretor da ABCP.
Ele se baseia em dados da consultoria McKinsey Global Institute, segundo os quais, enquanto
americanos e holandeses constroem 100 m2 em mil horas, o brasileiro só chega a 35 m2.
As horas extras de trabalho não
saem baratas. Desde fevereiro
passado, o custo da mão-de-obra
(que representa 53% do custo total da obra) subiu 10,26%.
Projeto
Consultar um engenheiro, arquiteto ou projetista para elaborar o desenho da casa ajuda a gastar menos. "Um projeto coerente
aproveita todo o material, sem
precisar recorrer a recortes", comenta Andras.
As dimensões do material também devem ser consideradas. Tijolos e blocos maiores recebem
menos cimento e areia, e telhas de
grandes dimensões economizam
no ripamento do telhado.
Com o vidro, no entanto, o contrário pode ser mais econômico.
"Quanto maior a peça de vidro,
mais cara. Pode valer a pena desenhar esquadrias mais moduladas
e obter recortes menores com vidraceiros", explica o arquiteto
Cláudio Porsé Cleis.
Projeto e planejamento reduzem custos. "Como sabia que ia
gastar bastante em instalações hidráulicas e esquadrias, defini limites de custos para o acabamento", diz Mercia Barros.
"Quem compra concreto usinado e massa pronta tem mais controle sobre seu uso", comenta Francisco Vasconcellos, 45, vice-presidente do Sinduscon. (BMF)
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