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MÓVEIS
Como não encontram soluções prontas nas lojas, decoradores desenham as peças ou improvisam cantinhos na casa
Profissionais têm de recorrer à prancheta
FREE-LANCE PARA A FOLHA
As lojas não ajudam muito os decoradores na hora de servir bebidas com elegância. Assim, alguns profissionais optam por criar os próprios móveis -que
não tenham cara de bar, mas que atendam às mesmas necessidades- ou improvisar um espaço.
A arquiteta Silvana Canovas, 37,
é uma especialista na primeira
opção. No apartamento do empresário Permínio Moreira Neto,
53, ela desenhou um móvel que
comporta, além das bebidas, copos, apetrechos de bar, aparelhos
eletrônicos, CDs e outros itens.
"É de madeira, com um desenho que mudou completamente a
aparência da sala. Enquanto o bar
ocupa a parte superior, os aparelhos eletrônicos foram colocados
num carrinho com rodízios."
O proprietário aprovou. "Garrafas e copos ficam protegidos
dentro do móvel. Apenas as bebidas mais usadas ficam na bandeja", conta Moreira Neto.
O projeto da arquiteta e a execução da marcenaria Stream saíram
por R$ 5.800. "Mas um móvel menor e mais simples pode custar a
partir de R$ 1.100, entre projeto e
execução", afirma Canovas.
Convidativo
Para que os convidados se sirvam à vontade, o bar precisa ser
convidativo. Os decoradores ensinam que as bebidas devem ficar
num local de fácil acesso, como
no canto da sala, na divisa entre
dois ambientes ou atrás do sofá,
sobre um aparador.
A consultora de serviços financeiros, Sônia Crozariollo, 36, seguiu o conselho e colocou uma
bandeja com as principais bebidas num local de boa circulação:
na sala de estar, perto do sofá.
"Se estivesse mais distante ou
em local separado, acho que meus
convidados ficariam inibidos em
preparar a própria bebida."
Na casa da estudante de arquitetura Marcela de Mello Pelosini, 21,
as bebidas foram colocadas numa
bandeja rústica de ratã, sobre um
aparador de vidro e aço escovado.
"Nos finais de semana, sempre
reúno os amigos. Muitas vezes,
eles mesmos trazem a bebida,
preparam alguma coisa e se servem." Como o aparador mede
1,80 m de comprimento, sobra espaço para decorar a peça com revistas, vasos e porta-retratos.
Por último, é preciso que o bar
atenda às necessidades básicas do
cliente e seja proporcional à
quantidade de bebidas.
"Geralmente, adapto um móvel
como bar quando o cliente tem
uma grande variedade de garrafas
e gosta de receber", afirma a arquiteta Esther Giobbi, 49. Mas o
móvel tem de ser discreto e elegante, sem ocupar muito espaço.
"Caso contrário, vai parecer uma
adega", conclui a arquiteta.
(MF)
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