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SONDAGEM DO SOLO
Copiar os vizinhos dá prejuízo
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na hora de fazer a sondagem
(diagnóstico do solo para definir
o tipo de fundação adequado),
muitos preferem perguntar ao vizinho que alicerce ele usou a pagar R$ 1.500 pela análise.
Sua opinião, no entanto, nem
sempre se sustenta. "O problema
é que, na maioria das vezes, o vizinho também não fez a sondagem.
Como não dá para confiar, é melhor pagar e garantir", avalia o engenheiro Kurt Amann, coordenador do curso de engenharia civil
do Centro Universitário da FEI.
A falta de exame técnico do
terreno fez história com um edifício paulistano que, em 1938, estava "afundando" e teve seu solo
congelado para esperar a importação de macacos hidráulicos que
corrigiriam a fundação frágil.
Quem conta o caso é o perito
judicial Paulo Grandiski. "Hoje,
a falta do reconhecimento do so-
lo não faz a casa cair, mas provo-
ca fissuras e deformações. Co-
mo o solo não é uniforme, e a
construção sim, abrem-se trincas
nas paredes", revela.
Para ele, não fazer a sondagem é
"uma economia besta". Na falta
do serviço, não há saída a não ser
tentar estimar, para mais ou para
menos, a resistência do solo.
"Ao superdimensionar a fundação, gasta-se até 30% a mais de
concreto para dar garantias a ela.
Em casos de subestimativa, a
construção sofre uma intervenção para reforçar a estrutura do
alicerce", explica Amann.
(AR)
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