São Paulo, domingo, 23 de março de 2003 |
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"DILEMAS" Segundo arquitetos, a facilidade de limpeza e o conforto térmico balizam a escolha entre os pisos frios e quentes Dúvidas começam sob os pés do morador
FREE-LANCE PARA A FOLHA Um dos "dilemas" mais comuns é a escolha entre pisos quentes ou frios. Os frios têm durabilidade e resistência maiores e são mais fáceis de limpar. Mas, segundos arquitetos ouvidos pela Folha, devem ser reservados para as "áreas frias" da casa -cozinha, banheiro, área de serviço etc. Nessas partes, o conforto térmico não é tão importante, e a praticidade dos revestimentos frios acaba se destacando. Para áreas onde o conforto é fundamental, como quartos e salas, os pisos quentes devem ser os eleitos, segundo os arquitetos. Mas até aí apenas metade do problema está resolvido. Eleito o piso quente, deve-se pensar em que revestimento será usado -tábuas, parquê ou carpete. O piso de tábua é durável, resistente, fácil de limpar e tem manutenção simples. O complicador está na instalação demorada (até dez dias). Além disso, deve estar previsto na obra um contrapiso nivelado para a instalação. Parquê As mesmas características estão no piso de parquê, cujos tacos formam um desenho. Os inconvenientes são a necessidade de um contrapiso e o cuidado para que o desenho formado não deixe o ambiente cansativo ao olhar ou com aspecto antiquado. De instalação rápida e barata, o carpete se encaixa em quase todos os estilos e projetos por ter uma infinidade de tipos de textura, cores e espessuras. Manutenção e limpeza são os problemas ligados a esse revestimento. De durabilidade menor entre os pisos quentes, exige reposição em média a cada dois anos. E, por "esconder a sujeira", o cuidado com a limpeza é redobrado. A empresária Ana Sayonara Pereira, 40, usou pisos quentes no andar superior da casa, para privilegiar o conforto. O piso dos quartos é revestido de tábuas, o que ajuda o ambiente a ficar agradável termicamente. Uma peculiaridade do projeto no quarto de Pereira é a instalação da banheira dentro do cômodo. O mármore foi utilizado para cobrir o piso em torno da banheira. O objetivo foi proporcionar conforto e praticidade no ambiente. No hall de entrada, a empresária preferiu a opção pelo mármore no chão. Mais resistente, esse tipo de piso também oferece facilidade para a limpeza. Essas características são importantes para uma área de circulação intensa. Aquecimento Outra dúvida comum na maioria das reformas e construções, segundo os arquitetos, é a instalação de aquecimento de água central a gás ou elétrico. Os profissionais são unânimes em apontar o aquecimento central como muito superior aos aparelhos elétricos individuais. Isso se deve à qualidade do aquecimento e à vazão de água maior que esse sistema proporciona. Segundo a arquiteta Paula Gambier, o aquecimento a gás oferece uma redução de cerca de 30% no gasto com energia elétrica, desde que o modelo escolhido seja o de passagem, e não o de acumulação. O inconveniente do sistema é a necessidade de o aparelho ser instalado em local bem ventilado para dispersar os gases. O sistema de "boiler" elétrico proporciona mais segurança quanto a vazamentos. Mas o gasto com energia elétrica deve ser levado em consideração. A professora Renata Guerra, 43, optou pelo aquecimento de água feito com um "boiler" elétrico alimentado em parte por energia solar. "Consigo economizar um pouco no gasto com energia elétrica", avalia a professora. Texto Anterior: Materiais: Bolso e gosto duelam na hora de resolver os "dilemas" construtivos Próximo Texto: Bolso orienta a tomada de decisões Índice |
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