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Para concluir a obra no prazo, é bom acertar os ponteiros com a família
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quando as férias do bancário
Osmar Silva, 32, acabaram, ele
percebeu que precisava de outras.
Dos 30 dias de descanso, ele passou 20 acompanhando as reformas de seu apartamento. "Foram
"férias do barulho'", lamenta.
Com o planejamento financeiro
na mão (R$ 7.000 em material, pagos em sete vezes, com 5% de desconto), ele contratou um profissional para tocar as obras e viajou
com a mulher, Adriana Silva, 26.
Na volta, uma semana depois,
ele encontrou a obra parada e resolveu passar o resto das férias pajeando a reforma. "Foi um estresse. A obra devia durar um mês e
vai levar mais de dois. Eu e a minha mulher, que está grávida, fomos para a casa de uma tia."
Osmar resolveu até diminuir o
tamanho da reforma para que ela
termine mais rápido. "O quarto
da Marina [a filha que nasce em
fevereiro] vai ter de esperar", diz.
Para a arquiteta Maria Fernanda Sanches, problemas como esse
acontecem porque quem pensa
em reformar só planeja, quando
muito, os gastos e se esquece da
agenda pessoal: que tempo usará
para ir atrás de um profissional ou
o que fará com as crianças.
Tranquilos
"A reforma muda a vida da família inteira. Isso também tem de
ser planejado", comenta a arquiteta. Para ela, não é necessário que
o proprietário gaste as férias vendo de perto as obras -desde que
faça um cronograma detalhado.
Para o arquiteto Paulo Sophia,
46, a família precisa dividir as responsabilidades. "Lidar com os
profissionais deve ficar a cargo de
quem tiver maturidade e tempo."
Para André Brito, 38, e Maria
Valéria Brito, 36, fazer reforma
não é mais sinônimo de problemas. Em reparos anteriores feitos
na casa, eles tiveram ferramentas
roubadas e atraso nas obras.
Experientes, agora eles contratam um profissional de trabalho
reconhecido na vizinhança e fazem tudo para que a reforma se
encaixe na rotina do casal.
Para a obra que fazem na garagem -com materiais pagos em
quatro vezes sem juros no cartão
de crédito-, eles bolaram uma
agenda: pela manhã, ele ou ela,
antes de saírem para o trabalho,
orientam o pedreiro e na volta
conferem o serviço.
(FM)
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