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HORA DA ESCOLHA
Apesar de os fabricantes alertarem para questões acústicas e térmicas, estética determina que revestimento a parede irá receber
Morador prefere beleza a funcionalidade
FERNANDA MEDEIROS
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Se está tudo bem com a estrutura, é chegada a hora de escolher o
revestimento. Nada muito complicado, como foi acompanhar os
cálculos do engenheiro, prever
pontos de luz e decidir projetos.
O momento agora é de puro deleite, de parar em frente à parede e
imaginar sua veste.
Embora os fabricantes alertem
para questões acústicas e térmicas, a escolha é decidida mesmo
pela estética. Orçamento também
conta, ou melhor, limita, mas a
variedade de um mesmo material
é grande, inclusive no preço.
Basta ver o exemplo do mármore. O valor do metro quadrado varia de R$ 80 a R$ 8.000. O mesmo
acontece com espelhos, azulejos e
pastilhas de vidro. "Existem opções bem baratas", anima-se a arquiteta Luciana Pastore.
A questão é escolher apropriadamente e saber combinar. Depois da febre das texturas, as tendências recaem sobre o aço inoxidável, espelhos e painéis de fibra
de vidro. Isso sem falar do cimento, que se mantém firme nos mais
diversos tipos de decoração.
"São modismos", resume o engenheiro Salvador Benevides,
consultor em tecnologia da construção. De acordo com ele, os revestimentos frios ou quentes servem para decorar e não podem
ser responsáveis por evitar trincas
e pelo vazamento de som. "Uma
tomada de costas para a outra ou
espaço sob as portas acaba com o
isolamento de qualquer parede."
Questão de estilo
Diferentemente do que ocorria
no passado, não existe mais a divisão "revestimentos frios para
áreas frias" -como banheiros e
cozinhas- e "materiais quentes
para ambientes acolhedores"
-quartos, salas e "home offices".
"É comum ver porcelanato nas
paredes dos dormitórios e cozinhas com resina", diz Pastore.
Segundo os profissionais, o que
manda é o estilo. Em casas "moderninhas", pode-se optar por vidros, painéis de acrílico, alumínio
que imita aço inoxidável e paredes revestidas de fotografias adesivas. Isso se opõe às clássicas, nas
quais predominam couro, madeira e mármore.
As mais rústicas ganham a instalação de palha (vendida como
papel de parede) e algumas pedras em pequenos filetes.
Se não há um estilo predominante, vale a sugestão por faixa
etária. Para quartos de bebê, ficam bem paredes de resina branca, lambri ou papel. Painéis lúdicos com fotos ou bolas de gude
são opções para crianças maiores.
Na sala, vão bem vidros, camurças, couro e detalhes em granito e
mármore. Na cozinha e no banheiro, as opções são vidro, fórmica, aço inoxidável e epóxi.
Durável e prático, o epóxi precisa ser aplicado sobre uma superfície bem regularizada, para não
acentuar relevo ou falha na parede. "Mas azulejos brancos continuam entre as melhores opções,
além de serem baratos", avalia a
arquiteta Simone Mantovani, 40.
Para economizar no espaço na
hora da reforma, a parede pode
virar o próprio revestimento.
"Aproveito as costas dos armários", revela a arquiteta Cilene
Monteiro Lupi, 40. "E coloco outra camada de madeira ou pintura, recursos que não prejudicam o
móvel", completa Lupi.
Já no apartamento do empresário Job Proença, 39, as paredes foram revestidas com vidro e fórmica. "A transparência reforça a
idéia de integração dos lofts",
acrescenta Marco Domini, arquiteto responsável pela obra.
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