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São Paulo, domingo, 25 de maio de 2003

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Área fria tolera o "faça você mesmo"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

As paredes revestidas com materiais "frios" são as que mais permitem o "faça você mesmo". Não se trata de erguer estruturas, prever espaços para as redes hidráulica e elétrica ou avaliar prumo, regularidade e esquadro.
A questão é bem mais simples. Resume-se a reformas que podem ser feitas tirando azulejos, substituindo superfícies ou comprando paredes prontas, que precisam apenas de encaixe e alguns parafusos para que fiquem presas.
Nesses casos, a saída mais comum é a reforma com azulejos. "Colar um por cima do outro virou mania de uns anos pra cá", constata o engenheiro Salvador Benevides. "Mas nem sempre é o mais recomendável."
Para ele, nesse tipo de reforma, deve-se ficar atento aos pontos de água e de luz, registros e rodapés. "Tudo vai ser modificado. É preciso ver se não há consequências e se o preço compensa. Além disso, a parede vai ficar mais grossa."
Segundo a arquiteta Ana Limongi França, a sobreposição de azulejos é a solução mais barata. Numa parede de 3 m x 2,8 m, os gastos não passariam de R$ 270, já contabilizados dois dias de mão-de-obra e a argamassa.

Texturas
Já a colocação de azulejo com a remoção do anterior custaria cerca de R$ 434, considerando demolição do revestimento existente (R$ 30), remoção do entulho (R$ 30) e regularização da parede (R$ 105, com material). Seriam necessários quatro dias de trabalho para que a obra ficasse pronta.
O preço sobe ainda mais se for usado outro tipo de material. A instalação de um painel de vidro, por exemplo, sairia R$ 1.096 (um dia de trabalho). Se fosse de madeira, R$ 850 (30 dias para a produção mediante projeto) e de gesso acartonado, R$ 555 (dois dias). Mais em conta, só a aplicação de textura acrílica (R$ 170 com mão-de-obra), que não é indicada para áreas molhadas.
As texturas são, aliás, outra solução econômica dentro do "faça você mesmo". Dispensam o uso de massa corrida e várias demãos de tinta, pelo aspecto irregular, não exigem tanta destreza na aplicação. Alguns arquitetos acham que o recurso está démodé. (FM)


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