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NO TOM
Relatório trimestral revela que tintas obedecem e descumprem norma
Leitura de latas e internet ajudam a fazer boa compra
DA REDAÇÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para levar a tinta certa e de
qualidade, é preciso ficar de
olho não só nas embalagens
mas também na internet.
A leitura das primeiras ajuda
a saber qual é o produto ideal
para cada uso: revestir azulejos,
fachadas, esquadrias ou paredes internas.
O primeiro passo é saber se a
tinta é adequada à superfície.
Sobre metais e madeiras, deve-se usar esmalte sintético.
Em pisos e azulejos cerâmicos, nada de usar o que sobrou
da pintura da alvenaria. Isso
porque esse tipo de tinta não
adere à parede, e a pintura logo
começa a descascar.
O produto indicado nesse caso é a resina epóxi, que conta
com um esmalte e um fundo.
Primeiro, aplica-se o fundo
epóxi, depois vem a tinta.
Nas paredes internas da casa,
as tintas acrílicas podem ter
mais brilho -que indica resinas mais resistentes a abrasão- em áreas muito movimentadas ou onde crianças e
animais se divertem, indício de
que a superfície vai pedir limpeza constante.
Do lado de fora, tintas à base
de água oferecem mais flexibilidade, evitando rachaduras, e
agüentam bem o sol.
Novas normas
Quanto à qualidade, este mês
trouxe duas boas notícias: foi
publicada a norma técnica para
massa-corrida e passou à fase
de consulta pública o texto que
virará norma para esmaltes
sintéticos. "Nossa previsão é a
de que ela esteja pronta para
publicar em setembro", antecipa Gisele Bonfim, 39, supervisora técnica da Abrafati.
A norma para massa-corrida
avalia se o produto absorve a
quantidade adequada de água
-se passar do ponto, a parede
liberará essa umidade, causando bolhas na pintura- e se resiste adequadamente a abrasão
na hora do lixamento.
Antes dela, já havia sido
aprovada a norma de tintas látex econômicas de cores claras.
O que ela testa é o poder de cobertura (ou de esconder o fundo sobre o qual a tinta é aplicada) úmida e seca e a resistência
a abrasão (esfregadelas).
Agora é a vez dos esmaltes
sintéticos. O projeto que define
as especificações mínimas para
classificar uma tinta como esmalte acaba de entrar em fase
de consulta pública na ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), processo que
costuma levar 48 dias.
O texto fala sobre tempo de
secagem, nível de brilho, poder
de cobertura seca e úmida e
quantidade de componentes
não-voláteis (a parte sólida, que
não evapora durante a secagem), mas não leva em conta a
quantidade de COVs.
"Os fabricantes já estão trocando os solventes orgânicos
por água, o que é o ideal", explica Bonfim, da Abrafati.
Mas a iniciativa não pára por
aí. Os projetos de normas para
avaliar as tintas padrão e topo
de linha já estão em fase de estudo e deverão ser encaminhados para consulta pública em
um ou dois meses.
Relatório de qualidade
Com as normas em mãos,
testam-se os produtos de participantes do programa de qualidade da Abrafati e de marcas
indicadas por eles.
A cada trimestre, a associação divulga em seu site
(www.abrafati.com.br) a lista com os aprovados e os reprovados na avaliação de obediência aos requisitos da norma.
Para ser considerado não-conforme, um produto precisa
ser reprovado por três trimestres consecutivos.
(BMF e GG)
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