São Paulo, domingo, 28 de maio de 2006

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NO TOM

Relatório trimestral revela que tintas obedecem e descumprem norma

Leitura de latas e internet ajudam a fazer boa compra

DA REDAÇÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para levar a tinta certa e de qualidade, é preciso ficar de olho não só nas embalagens mas também na internet.
A leitura das primeiras ajuda a saber qual é o produto ideal para cada uso: revestir azulejos, fachadas, esquadrias ou paredes internas.
O primeiro passo é saber se a tinta é adequada à superfície. Sobre metais e madeiras, deve-se usar esmalte sintético.
Em pisos e azulejos cerâmicos, nada de usar o que sobrou da pintura da alvenaria. Isso porque esse tipo de tinta não adere à parede, e a pintura logo começa a descascar.
O produto indicado nesse caso é a resina epóxi, que conta com um esmalte e um fundo. Primeiro, aplica-se o fundo epóxi, depois vem a tinta.
Nas paredes internas da casa, as tintas acrílicas podem ter mais brilho -que indica resinas mais resistentes a abrasão- em áreas muito movimentadas ou onde crianças e animais se divertem, indício de que a superfície vai pedir limpeza constante.
Do lado de fora, tintas à base de água oferecem mais flexibilidade, evitando rachaduras, e agüentam bem o sol.

Novas normas
Quanto à qualidade, este mês trouxe duas boas notícias: foi publicada a norma técnica para massa-corrida e passou à fase de consulta pública o texto que virará norma para esmaltes sintéticos. "Nossa previsão é a de que ela esteja pronta para publicar em setembro", antecipa Gisele Bonfim, 39, supervisora técnica da Abrafati.
A norma para massa-corrida avalia se o produto absorve a quantidade adequada de água -se passar do ponto, a parede liberará essa umidade, causando bolhas na pintura- e se resiste adequadamente a abrasão na hora do lixamento.
Antes dela, já havia sido aprovada a norma de tintas látex econômicas de cores claras. O que ela testa é o poder de cobertura (ou de esconder o fundo sobre o qual a tinta é aplicada) úmida e seca e a resistência a abrasão (esfregadelas).
Agora é a vez dos esmaltes sintéticos. O projeto que define as especificações mínimas para classificar uma tinta como esmalte acaba de entrar em fase de consulta pública na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), processo que costuma levar 48 dias.
O texto fala sobre tempo de secagem, nível de brilho, poder de cobertura seca e úmida e quantidade de componentes não-voláteis (a parte sólida, que não evapora durante a secagem), mas não leva em conta a quantidade de COVs.
"Os fabricantes já estão trocando os solventes orgânicos por água, o que é o ideal", explica Bonfim, da Abrafati.
Mas a iniciativa não pára por aí. Os projetos de normas para avaliar as tintas padrão e topo de linha já estão em fase de estudo e deverão ser encaminhados para consulta pública em um ou dois meses.

Relatório de qualidade
Com as normas em mãos, testam-se os produtos de participantes do programa de qualidade da Abrafati e de marcas indicadas por eles.
A cada trimestre, a associação divulga em seu site (www.abrafati.com.br) a lista com os aprovados e os reprovados na avaliação de obediência aos requisitos da norma.
Para ser considerado não-conforme, um produto precisa ser reprovado por três trimestres consecutivos.
(BMF e GG)


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