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PLANTÃO MÉDICO
Estudo especula sobre morte de Lênin
JULIO ABRAMCZYK
A saúde dos políticos em geral e
dos chefes de Estado em particular deve ser transparente. Assim
como a de médicos e pilotos de
aeronaves, entre muitos outros
responsáveis por muitas vidas.
Enquanto os pilotos passam por
exames médicos anuais, na área
da política com freqüência as
doenças dos líderes são minimizadas e, nos casos mais graves, as
informações são manipuladas.
Assim ocorreu com pelos menos dois presidentes americanos
-T. Woodrow Wilson e Franklin
Delano Roosevelt- e, em Israel,
com o primeiro-ministro Menachen Begin, na década de 80.
Um trabalho publicado no "European Journal of Neurology" de
junho sugere ter resolvido o mistério da morte, há 80 anos, de Vladimir I. Lênin, aos 54 anos.
Os autores,V. Lerner, Y. Finkelstein e E. Witztum, de Israel,
com base em cinco anos de pesquisas em arquivos liberados da
antiga União Soviética, relatórios
de necropsia e livros de memória
de antigos médicos, concluem
que Lênin sofreu e morreu de
neurossífilis, a sífilis terciária que
após muitos anos afeta o cérebro.
Apesar de oficialmente a causa
da morte ter sido arteriosclerose,
os autores assinalam que a sífilis
produziu lesões cerebrais e demência nos dois últimos anos de
vida do líder. Entretanto destacam que, com o avanço da tecnologia do DNA, no futuro poderá
ser possível, com material cerebral preservado de Lênin, comprovar ou afastar a hipótese.
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