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Experiências que não deram certo são comuns
DA REPORTAGEM LOCAL
O decorador de fantasias e
carros alegóricos Marcos Fernandes, o "carioca", 33, aprendeu uma regra nos quase 20
carnavais que já pulou, "pintou" e desfilou. "Vá para a rua
com o intuito de se divertir,
pois quem sai achando que vai
transar e não consegue nada,
acaba se sentindo mal."
Mesmo com essa precaução,
Fernandes acha que o Carnaval
é uma "festa onde todo mundo
consegue sair feliz".
No barracão da X-9 Paulistana, na zona norte, onde na semana passada os carros alegóricos estavam sendo preparados, os "artistas" e ajudantes tinham todos alguma história de
amigo que "não consegue nada" no Carnaval. "Tenho amigos meio sem jeito que não
agarram ninguém, acabam
sempre tristes", diz o decorador e estudante Carlos Henrique Domiciano, 17. "Comigo
sempre foi fácil." Carlos tem
uma namorada que "arranjou"
no Carnaval passado, mas ele é
da opinião que namoro não dá
certo nessa época. "Vou sair
com outras", diz.
O ajudante de decorador
Marcos Felipe, 15, reconhece
que é tímido, mas diz que suas
"chances aumentam" no Carnaval. "Sempre tem uma amiga
que aparece", diz.
O universitário R.N., 21, tímido, introvertido, diz que vai
passar o Carnaval fazendo caminhadas na Serra da Bocaina.
"Nos dois anos anteriores acabei sozinho, não quero mais
me sentir assim."
A vendedora Irene R., 23, diz
não guardar boas recordações
de Carnavais passados, nos
quais diz ter perdido dois namorados. "No começo era a
maior alegria, depois bebiam e
acabavam com outras."
Lucas Pinto, 46, carnavalesco
da X-9 Paulistana, diz que o
Carnaval é uma festa de liberação e exorcização desde os
tempos da chegada dos portugueses nestas terras.
"Eles diziam, "vá para o Brasil, lá é fácil". E continua sendo
assim no Carnaval."
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