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Águia inova ao mesclar bateria e violino
Além de músicos eruditos, escola mostra artes marciais; Barroca e Tucuruvi apostam na comissão de frente
DA REPORTAGEM LOCAL
A Águia de Ouro foi a escola
que trouxe mais inovações ao
Carnaval de São Paulo neste ano.
Com o enredo "Quem Tem
Olho Grande Já Entra na China",
a agremiação da zona oeste fez
questão de desfilar a caráter: com
cerca de 40 integrantes chineses
ou brasileiros naturalizados, de
um total de 3.200, e uma seção
com demonstrações de festas e
danças típicas e artes marciais.
A primeira novidade já foi "ouvida" na bateria do mestre Juca,
acompanhada por nove músicos
eruditos, entre violinistas e violonistas de diversas orquestras, inclusive da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo).
As cordas foram colocadas para
ressaltar a melodia, e o arranjo do
samba, que incluiu solos, foi criado pelo regente Lino de Almeida.
Na avenida, a Águia colocou 16
chinesas fazendo evoluções com
leques, dragões do Ano Novo chinês e, com a ajuda dos integrantes
da Federação Paulista de Kung
Fu, "coreografias" com bandeiras, golpes, acrobacias e espadas.
A escola contou ainda com uma
ala composta somente de idosos.
Na Vai-Vai, chamou a atenção
do público uma ala dedicada aos
deficientes físicos. A escola, que
tinha por tema o cavalo, fez das
cadeiras de rodas charretes puxadas por animais cenográficos.
Na Unidos de Vila Maria também houve destaque para crianças portadoras de deficiência e, na
Barroca Zona Sul, um ritmista cego, tocando cuíca amparado por
um guia, disputava os flashes com
as rainhas da bateria -a personal
trainer Solange Frazão e a ex-miss
Brasil Joseane de Oliveira.
A exemplo do que já acontece
no Rio de Janeiro, as escolas paulistas começam a investir nas comissões de frente para causar
uma boa primeira impressão.
Além das mulheres na abertura
da Barroca Zona Sul, a Acadêmicos do Tucuruvi mostrou uma comissão com acrobatas -obra do
carnavalesco Marco Aurélio Ruffin, que já havia inovado em 2001,
na Leandro de Itaquera.
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