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Local não tem luz nem esgoto
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
"Aqui eu sou iluminada pelas
velas". Cleonice Pereira, 50, vive
há 20 anos na área reconhecida
como quilombo pelo Itesp (Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
No local não há energia elétrica,
abastecimento de água e rede de
esgoto. "Quando cheguei aqui, no
meio desse canavial, me deu uma
tristeza", disse.
Ela se casou com um dos descendentes de Eva Barreto que a levou para morar nas terras. "Ele [o
marido] me dizia que herdou a
terra dos avós e que nunca deveríamos sair daqui", afirmou.
A casa de três cômodos onde
Pereira mora com uma filha de 12
anos foi construída há três anos.
Antes, ela vivia em um barraco de
madeira, onde criou outros dois
filhos, que já estão casados.
"Já tive vontade de sair daqui.
Na cidade tem diversão, mas também tem violência. Fico assustada
com as notícias."
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