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USP é a 113ª melhor do mundo, diz pesquisa
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
A USP foi considerada a 113ª
melhor universidade do mundo em um ranking divulgado
ontem por um órgão de pesquisa do governo espanhol. A escola de São Paulo subiu 15 posições em relação a 2007.
Entre as 200 mais bem posicionadas do mundo, a instituição foi a única brasileira citada.
Um dos principais indicadores avaliados pelo ranking, chamado de "Webometrics
Ranking of World Universities"
(Ranking Mundial de Universidades na Web, em tradução livre), é o número de acessos, via
internet, dos artigos produzidos pelas escolas.
Com o mecanismo, o Conselho Superior de Pesquisas
Científicas -vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia espanhol- busca quantificar a relevância da produção
das instituições universitárias.
Após a USP, as instituições
brasileiras mais bem posicionadas são a Unicamp (212ª) e a
UFRJ (federal do Rio de Janeiro, em 330º).
As 25 melhores da lista são
norte-americanas. MIT, Harvard e Stanford ocupam as melhores posições.
Foram analisadas 15 mil escolas no mundo todo, e 4.000
foram ranqueadas.
A melhor latino-americana
foi a Universidade Autônoma
do México (51ª).
Diversas instituições fazem
rankings de universidades. Os
mais tradicionais são o da Universidade de Jiao Tong (China)
e das publicações "US News &
World Report" (Estados Unidos) e "Times" (Inglaterra).
Um dos objetivos dessas listas é indicar aos melhores alunos as melhores instituições
para se estudar.
Internacionalização
A reitoria da USP atribuiu a
subida no ranking à preocupação da universidade em se internacionalizar, por meio de intercâmbio de alunos e professores, além de convênios com
instituições do exterior (atualmente, há 326 vigentes).
Segundo a pesquisadora da
USP Elizabeth Balbachevsky, o
ranking demonstra que as instituições brasileiras de ensino
superior têm baixo grau de inserção na comunidade científica mundial (apenas a USP ficou
entre as 200 da lista).
"O Brasil está produzindo
mais cientificamente, mas de
forma insular. É pequeno o número de pesquisadores brasileiros em redes internacionais.
Assim, poucos conhecem as
universidades brasileiras."
Segundo Balbachevsky, um
dos problemas da baixa internacionalização da produção
científica do país é a perda de
investimentos estrangeiros.
"Temos mais doutores na
área da ciência da informática
do que a Índia. Porém, enquanto a Índia capta quase um quarto de todo o investimento internacional na área, a situação
brasileira é quase pífia."
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