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CRIME
Ocupantes de carro acusados de matar PM se entregam à polícia
DA REPORTAGEM LOCAL
Três dos quatro ocupantes
do Gol prata acusados de arrastar por 600 metros um
policial militar em Diadema
(Grande São Paulo) se apresentaram ontem de madrugada à Polícia Civil. Eles foram presos temporariamente, acusados da morte do PM,
ocorrida um dia antes.
O condutor do Gol, Deivison da Silva Lira, 19; o carona
William Braga de Sá, 22; e o
passageiro do banco de trás
do motorista, Johnny Araújo
dos Santos, 20, foram ao 1º
Distrito Policial de Diadema
com seus advogados.
O quarto ocupando, Rivaldo Dias Rocha, 20, está preso
desde anteontem.
Em depoimento à polícia,
os três declararam que não
tiveram a intenção de matar
o soldado Alexandre Sérgio
Oliveira Sobrinho, 29, que
teve traumatismo craniano
ao bater a cabeça num muro,
após ter sido solto.
Sobrinho e outro PM patrulhavam a rua Graciosa à
noite. Ao notarem um motociclista sem capacete, foram
multá-lo. A vítima percebeu
que o Gol com quatro ocupantes havia estacionado na
contramão. Solicitou os documentos e a carteira de habilitação do motorista -Lira.
Lira e os outros dois presos
ontem alegam que a vítima
se escorou na janela do motorista e tentou arrancar a
chave do contato da ignição.
O motorista afirmou à polícia ter tido medo de ser multado, pois havia bebido, e
acelerou para escapar.
Segundo ele, Sobrinho ficou preso na janela até que o
carro passou por uma lombada. O solavanco fez o PM
ser arremessado na rua.
As declarações à polícia de
Rocha, que estava no banco
de trás, no entanto, contradizem Lira. Rocha afirmou que
o motorista e Santos puxaram o PM pelo braço.
Os quatro foram indiciados por homicídio doloso
(intencional).
O dono do carro, Adeilson
de Jesus, 24, que emprestou
o veículo aos quatro, foi preso por falsa comunicação de
crime, já que havia dito que
seu automóvel havia sido
roubado. Preso anteontem,
foi solto no dia seguinte.
O corpo do PM foi enterrado ontem em Guaianases, na
zona leste de São Paulo. Cerca de 300 pessoas, acompanharam o cortejo, entre elas,
o secretário da Segurança
Pública, Ronaldo Marzagão.
(KLEBER TOMAZ)
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