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Mulher é mantida refém por mais de 3 horas no Guarujá
Segundo a PM e a refém, criminoso se suicidou com um tiro após a chegada do Gate
A turista, que ficou sob
a mira de um revólver na praia da Enseada, em frente ao Casa Grande Hotel,
não se feriu e passa bem
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A turista Lilian Crochi, 28, foi
mantida refém, sob a mira de
um revólver, por mais de três
horas em plena praia da Enseada, no Guarujá (litoral), em
frente ao Casa Grande Hotel.
O criminoso que a rendeu,
que se identificou como Jonatan, suicidou-se com um tiro na
cabeça ao perceber a chegada
do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), segundo a versão da polícia, confirmada depois por Lilian. Nesse momento os jornalistas tinham sido
afastados da área.
Apesar de nervosa, Lilian foi
resgatada ilesa. Em depoimento à polícia, a jovem relatou que
o rapaz disse que ela serviria de
escudo, para que os policiais
não atirassem nele. Ele a manteve refém das 14h30 às 17h50.
Nesse período, ele fez quatro
disparos -dois para o alto, um
na direção do quiosque onde
estavam os policiais e o último
contra a própria cabeça.
Lilian, que mora em Santo
André (Grande São Paulo) e
trabalha como auxiliar de enfermagem em São Paulo, chegou ao Guarujá na quarta, para
passar férias com o marido e o
filho, de nove anos.
Ela foi rendida quando o marido tinha saído para ir ao banco. Segundo a PM, dois soldados que faziam ronda de bicicleta sentiram cheiro de maconha e desconfiaram de Jonatan. Ao ser abordado, segundo a
polícia, ele correu para a areia e
agarrou Lilian, que brincava
com o filho. Ele a levou para a
água, enquanto Lilian gritava
para o filho se afastar.
Os policiais e os bombeiros
cercaram o criminoso. Por volta das 15h, Jonatan e Lilian sentaram-se em cadeiras na praia.
A polícia enviou um celular para negociar a rendição.
Jonatan gritava que não iria
se entregar ou libertar a vítima
até que suas reivindicações fossem aceitas, segundo relatou
por telefone o major Hamilton
Marques Pinto, subcomandante do 21º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento no
Guarujá, Cubatão e Bertioga.
"Quando iniciamos a negociação com ele, o bandido exigiu uma lancha e um veículo
com o tanque cheio. Ele dava
mostras de que não queria se
entregar", disse o major.
Segundo a PM, outra exigência era a presença da imprensa,
que foi obrigada, por questão de
segurança, a ficar a uma distância de mais de cem metros.
Às 17h40, quando o Gate chegou, ele teria dito, segundo o
depoimento de Lilian: "Nossa,
eles estão até com fuzil. Prefiro
me matar do que me entregar".
Minutos depois, segundo a
auxiliar de enfermagem, Jonatan apontou a arma para a cabeça e disparou. Ele caiu e Lilian correu para a calçada.
"Em momento algum a polícia atirou. Pedi aos jornalistas
que se afastassem porque meu
maior medo era que houvesse
pessoas lesionadas", disse o
major Marques Pinto.
"Ninguém sabe o que se passou na sua cabeça. Suspeito
que, pelo fato de ele estar sob
efeito da maconha, tenha se desesperado", disse o major.
Colaborou o "Agora"
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