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Transtorno atinge pai e filho
FREE-LANCE PARA A FOLHA
"A gente nunca esquece que na
primeira vez que o Renato andou,
ficou de pé e saiu correndo. Numa
das primeiras avaliações que fizemos, saímos chorando do consultório. A psicóloga falou que o moleque ia ser um marginal, um bandido, um assassino. Tudo por falta de conhecimento sobre o que é
hiperatividade.
Eu comecei a ver minha história
na do meu filho. Cresci ouvindo
falar que eu era burro, era marginal. Repeti seis vezes a 5ª série."
Há oito meses pai e filho foram
diagnosticados como portadores
de TDA. Renato, 10, já obteve
grandes melhoras, mas Luis, 45,
técnico em marketing, ainda não
se adaptou a nenhum medicamento. Na última quinta, começou a tentar nova medicação. "Esperança eu tenho, eu luto até o
fim. Vou às consultas e crio mecanismos como ter uma agenda,
que ainda não consigo usar. Eu sei
que seria muito mais feliz porque,
no fundo, eu tenho uma infelicidade de não conseguir acabar nada que estou fazendo."
Os nomes são fictícios
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