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Diadema e Santo André se destacam
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa cidade com 207 favelas, a
urbanização foi o caminho encontrado pela Prefeitura de Diadema para melhorar as condições
de vida dessa população.
Em Diadema, de acordo com o
diretor de Habitação do município, Josemundo Dario Queiroz,
70% das favelas estão totalmente
urbanizadas, com rede de esgoto,
asfalto, drenagem e infra-estrutura. As obras beneficiam um terço
da população -cerca de 110 mil
pessoas ou 25 mil famílias-, conforme os cálculos do diretor.
Queiroz informou que, dos 30%
ainda não urbanizados, 23% estão
em processo de conclusão de
obras e 7% ainda não as iniciaram. A intenção da prefeitura,
conforme o diretor, é urbanizar
98% das favelas do município nos
próximos três anos.
"Nossa lógica de urbanização é
manter as famílias no local, com
infra-estrutura e ação do governo", diz. Ele considera "inadmissíveis os projetos de confinamento, que tiram os moradores do lugar sem resolver o problema".
Para ele, a principal característica positiva da urbanização é "incluir o que era ilegal na cidade legal, com tratamento igualitário".
Segundo o diretor, a urbanização
custa menos para o poder público
porque, geralmente, já há equipamentos públicos nesses locais.
Ele cita como exemplo o núcleo
Nova Conquista. Uma parte já está urbanizada; outra, em obras.
Em uma terceira, as obras não começaram. Empresários da cidade
investiram na revitalização da av.
Presidente Juscelino Kubitschek.
A prefeitura cuidou da instalação
de posto de saúde, creche e posto
de coleta seletiva de lixo.
Em Santo André, no ABC paulista, quatro favelas -Sacadura
Cabral, Tamarutaca, Quilombo 2
e Capuava- tornaram-se exemplos de urbanização e inclusão social desenvolvidas pela prefeitura.
Em junho de 2001, o então prefeito Celso Daniel (PT) apresentou o programa na sessão especial
Istambul + 5, em Nova York
(EUA), que fez um balanço dos
cinco anos da conferência Habitat, realizada na Turquia em 1996.
A ONU considerou o programa
de Santo André exemplar.
O que tornou o programa da
prefeitura petista diferente é a
adoção de nove programas sociais, entre eles Renda Mínima,
saúde da família e alfabetização
de jovens e adultos.
Em 2001, Santo André tinha 137
favelas, onde moravam 88 mil
pessoas.
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