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Violência cresce ao redor da favela
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
As conclusões acerca do projeto
Fica Vivo, no Morro das Pedras,
em Belo Horizonte, ainda são preliminares. Há dados favoráveis e
desfavoráveis -como o aumento
dos homicídios no entorno da favela. As estatísticas ainda estão
sendo analisadas, mas o Crisp
(Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública) considera que o projeto tem "indícios
promissores". Houve uma redução de 47% dos homicídios na
área do Morro das Pedras. Assaltos e roubos a padarias e supermercados caíram de 15 para 8.
Esses números são da parte delimitada do Morro das Pedras que
os pesquisadores chamam de
"buffer". Ela engloba um raio de
até 300 metros fora da favela.
Na região externa ao "buffer",
onde estão sete bairros de classe
média da zona oeste, a violência
aumentou, comparando os dados
de agosto a dezembro de 2001
com o mesmo período de 2002.
Foram 2 homicídios em 2001 e 8
em 2002; 13 tentativas de homicídio em 2001, contra 16 em 2002; 12
assaltos a ônibus em 2001 e 16 no
ano seguinte; 6 assaltos a padarias
em 2001, contra 9 em 2002. Diminuíram os assaltos a supermercados (7 para 2) e a táxis (4 para 2).
Cláudio Beato Filho, coordenador do Crisp, disse que os homicídios fora do "buffer" mostram
que é preciso redefinir algumas
ações. "As pessoas que brigavam
lá dentro passaram a brigar fora.
Mas esse deslocamento não se dá
em uma área muito grande", disse
ele, acrescentando que o projeto
está servindo de aprendizado.
Beato destaca que o Fica Vivo
foi criado para combater os homicídios, não as drogas.
(PP)
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