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Alegação é exagerada, diz Souza Cruz
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
A Souza Cruz considera exageradas as alegações de Marcos Ribeiro da Costa de que o cigarro teria causado pneumotórax e ativado seus problemas psiquiátricos,
segundo Antônio Rezende, gerente jurídico da empresa.
"Não há associação entre pneumotórax e o consumo de cigarros.
É um problema que tem múltiplas
causas", afirma Rezende.
Na ação, o ex-funcionário diz
ter fumado até 200 cigarros em
três horas. "Isso é impossível. No
painel de fumo, as pessoas fumam
dois ou três cigarros." O consumo
médio é de quatro cigarros por
dia, diz. Segundo o gerente, há até
não-fumante entre os avaliadores.
Costa diz que o consumo de 200
cigarros não era só dele -era dos
dez integrantes dos testes.
Apesar de 30 funcionários da
Souza Cruz se reunirem duas vezes por dia para testar cigarros,
Rezende afirma que "não existe
provador de cigarro, como existe
provador de cerveja ou de vinho".
A ocupação não existiria, na visão da empresa, porque é uma tarefa ocasional, que não ocupa todo o expediente do funcionário.
Outra diferença, diz Rezende, é
que se trata de trabalho voluntário feito com um produto legal.
"Todos os procedimentos da
Souza Cruz são seguros para a
saúde de seus funcionários", diz.
O Ministério do Trabalho já vistoriou o painel de fumo e aprovou o
processo, segundo Rezende.
Ele confirma que o ex-funcionário ganhou uma causa trabalhista
contra a Souza Cruz porque a empresa o demitiu quando ele estava
com problemas psiquiátricos.
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