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Pesquisa mostra que profissão tem baixa inserção nos postos de saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
Os psicólogos ganham pouco,
exercem mais de uma atividade
para se sustentar, buscam aperfeiçoamento na pós-graduação e
têm baixa inserção nos postos de
saúde -a principal porta de entrada do sistema público.
Os dados são de pesquisa realizada pelo Ibope com amostra de
2.000 dos mais de 100 mil profissionais registrados. O levantamento foi solicitado pelo Conselho Federal de Psicologia.
Não é injusto pedir mais a um
profissional tão frágil? Os conselhos de psicologia discutem a quebra do sigilo em casos de risco ao
paciente ou em que ele possa prejudicar outras pessoas.
"Estamos nos inserindo em várias áreas, mas alguns ainda ganham muito pouco", reconhece
Ana Bock, eleita presidente do
Conselho Federal de Psicologia.
Um dos principais objetivos das
alterações no código de ética, afirma Bock, é tornar a psicologia nacional menos elitista, mais atenta
às questões sociais. A mudança
vai de encontro ao que se defende
nos EUA, por exemplo, onde há
cada vez mais uma busca pela
proteção e individualismo.
Segundo o levantamento, a psicologia nacional também ainda é
assim -a maioria dos profissionais trabalha em consultórios. De
acordo com Bock, o que explica
isso é a própria história dos cursos
no país, obra de profissionais das
classes mais abastadas, que tinham ido estudar no exterior.
A categoria pretende levar o novo código para a análise da OAB.
Além do novo olhar sobre o sigilo profissional, entre as mudanças previstas estão o combate ao
preconceito - o psicólogo não
pode transformar tradições, modos de vida, em doença -um veto ao uso de práticas não reconhecidas no consultório e, ainda como princípio, aumentar o conhecimento da população e o acesso
aos profissionais.
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