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Tolerância terá museu na USP
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mais de 10 mil documentos
sobre a Inquisição que Anita Novinsky tirou cópia ou microfilmou nos arquivos portugueses
serão doados para o Laboratório
de Estudos sobre a Intolerância
da USP. A historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro doará sua coleção de documentos anti-semitas.
O laboratório é o braço acadêmico de um projeto maior. Novinsky quer levar uma versão nada acadêmica da questão do preconceito para o Museu da Tolerância, voltado principalmente
para estudantes. O seu sonho é
criar um museu interativo, aos
moldes do Museu da Tolerância
de Los Angeles. Lá, o Holocausto
e a história do preconceito são
contados por computadores.
O laboratório, que deve ganhar
um espaço na USP em janeiro, articulou uma série de simpósios
sobre a presença judaica em São
Paulo e vai editar 20 livros sobre
intolerância até o final do ano.
Uma série de livros paradidáticos, coordenada por Tucci Carneiro, visa valorizar as diferenças
étnicas dos imigrantes. Ela também elabora um "Dicionário de
Obras Racistas" a partir de pesquisas em bibliotecas.
Outra série de livros, coordenada por Novinsky, reproduzirá
processos -os primeiros serão
sobre a Inquisição no Brasil.
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