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Encontro evitou debater polêmica
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, disse que as críticas ao teste de apnéia foram debatidas no 23º Congresso Brasileiro
de Neurocirurgia, em São Paulo,
em setembro de 2000. No entanto,
por meio de um vídeo da sessão
sobre esse tema, a reportagem
apurou que o debate sobre o assunto foi evitado.
Nenhuma contestação foi feita
ao questionamento do teste de
apnéia pelo neurocirurgião Raul
Marino Júnior, professor titular
da Faculdade de Medicina da
USP. Em entrevista, ele disse que
continua pesquisando esse tema,
mas que não tem ainda uma conclusão.
Foram apresentadas algumas
conclusões do parecer da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia
para o CFM, que apontava transcrições inadequadas dos trabalhos citados pelo estudo do neurologista Cícero Galli Coimbra, da
Unifesp.
Coimbra respondeu que estava
com documentos à mão para provar que o parecer estava equivocado, mas o debate não teve prosseguimento.
Muitos neurologistas ouvidos
pela Folha disseram que fazem
testes confirmatórios antes da
prova de apnéia, embora o CFM
não estabeleça dessa forma (veja
quadro). Mas eles reconhecem
que isso depende muito das condições do hospital.
"Após todas as tentativas de
melhora do estado do paciente,
isto é, esgotadas todas as possibilidades de terapêutica, aí, sim, pode-se começar a pensar nos protocolos de morte encefálica", disse Célio Levyman, do Hospital Israelita Albert Einstein, um dos
coordenadores dos trabalhos de
elaboração da Resolução CFM
1.480.
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