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SAÚDE EM RISCO
Apenas 1.318 profissionais vigiam 43 portos, 55 aeroportos, 24 pontos de passagem e 17 traillers de aduana
Poucos agentes controlam muita fronteira
DA REPORTAGEM LOCAL
Um pequeno exército de 1.318
técnicos está encarregado de vigiar 43 portos, 55 aeroportos, 24
pontos de fronteira e 17 traillers
de aduana. São os funcionários da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que têm, entre
suas missões, vigiar a entrada de
pessoas, vetores e qualquer produto que possa significar risco para a saúde da população. Tanto na
entrada como na saída.
Mais que isso, a eles cabe fiscalizar desde a comida que se serve e
que sobra dos aviões, o lixo das
aeronaves, até a água que consomem os passageiros de barcos
que navegam, por exemplo, pelos
rios da Amazônia.
"Fazemos 1 milhão de inspeções
por ano", diz o sanitarista Daniel
Lins Menucci, gerente-geral de
Portos, Aeroportos e Fronteiras
da Anvisa.
É muito trabalho para esperar
que seja realizado satisfatoriamente. "Concentramos nossa
atenção nas pessoas que saem e
que entram no país", afirma Menucci. Quando se conhece as regiões originárias da doença, a
"barreira é feita na saída daqueles
países". A recomendação da Organização Mundial da Saúde é
que, quando um suspeito é localizado em vôo, a vigilância em terra
seja avisada e todos os passageiros
contatados. "Nosso papel é informá-los que estiveram em situação
de risco e, caso apresentem sintomas da doença, procurem os serviços de saúde."
As companhias aéreas não incluem telefones e endereços nas
listas de passageiros, daí a necessidade de os suspeitos e aqueles em
risco serem abordados no próprio
aeroporto. Em Guarulhos, estão
80 funcionários da vigilância, entre médicos e enfermeiros, que se
revezam em grupos de 12.
(AURELIANO BIANCARELLI)
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