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Manter estrutura ainda é desafio na América Latina
DA REPORTAGEM LOCAL
Garantir que a estrutura de
controle de doenças seja perene, protegida das oscilações
dos governos, ainda é um desafio para os países da América
Latina, explica o brasileiro Renato Gusmão, que chefia em
Washington a unidade de controle de doenças transmissíveis
da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).
"A falta de continuidade dos
esforços é um dos maiores problemas da saúde pública", afirma o técnico, que trabalha há
20 anos na organização.
"Agora, há uns três, quatro
anos, é que os países começaram a manifestar um interesse
genuíno em mudar o sistema
de detecção [de casos de doenças" e vincular essa detecção a
uma resposta. É um processo
lento, mas que vai adiante."
A rede de vigilância de doenças emergentes e reemergentes
de países da América Latina começou a ser configurada em
1995, quando a preocupação
que existia era com outros males, como o vírus Ebola.
O fato de boa parte das equipes da vigilância sanitária e do
Centro Nacional de Epidemiologia não terem sido trocadas
no governo Lula é positivo, diz.
Para ele, os países devem rever seus planos de ação. "Defesa civil e polícias [e não só órgão de saúde" também devem
fazer parte desse planejamento."
(FABIANE LEITE)
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