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África e Ásia exportam epidemias
DA REPORTAGEM LOCAL
Se os aeroportos tivessem birutas (aparelhos que indicam a direção dos ventos) para anunciar de
onde chegam as epidemias, elas
estariam sempre apontadas para
a África e para a Ásia. É de lá que
vieram as gripes de Hong Kong, a
"asiática", as ameaças do Ebola e
da febre do Nilo e, agora, a pneumonia asiática.
O médico sanitarista Paulo
Buss, presidente da Fiocruz, diz
que vários estudos e hipóteses explicam a origem dessas doenças.
De um lado, a grande industrialização de áreas como Hong Kong
e Malásia provocam grandes nuvens capazes de gerar alterações
em microorganismos. De outro, o
uso de hormônios e alimentos
modificados para engordar mais
rapidamente porcos e galinhas.
Daí as gripes suínas e aviárias que
chegaram ao Ocidente. No caso
do Ebola, assim como os hantavírus surgidos no Brasil, a causa estaria nos danos provocados pelo
homem na natureza.
Para fazer frente a essas epidemias, o Brasil tem hoje uma moderna rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública em cada
Estado que, por sua vez, está em
sintonia com três centros de referência, o Adolfo Lutz, em São
Paulo, a Fiocruz, no Rio, e o Evandro Chagas, no Pará. "Quando há
dúvidas, enviamos amostras para
centros de referência nos EUA, no
Reino Unido, na França e na Alemanha", diz Paulo Buss.
"Estamos no nível dos países do
Primeiro Mundo", diz o presidente da Fiocruz.
(AB)
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