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Capuano nega encontro com marido de Marta
DO ENVIADO A PATROCÍNIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário de ônibus Leonardo Lassi Capuano nega ter dado "caixinha" de US$ 300 ao marido da prefeita Marta Suplicy,
Luis Favre, ou a diretores da
SPTrans (São Paulo Transporte)
-acusação feita, em depoimento
à polícia, pelo estelionatário Gelson Camargo dos Santos, acusado
de aplicar um golpe em investidores da Gallus Agropecuária, em
1998, e na viação Cidade Tiradentes, no final de 2002.
Capuano nega, inclusive, conhecer ou já ter se encontrado alguma vez na vida com Favre.
As informações sobre a posição
do empresário de ônibus foram
passadas à Folha pelo irmão dele,
Luiz Carlos Capuano, que disse
ter conversado com Leonardo Capuano sobre essas acusações.
No depoimento à polícia, Santos relatou um encontro que teria
acontecido no hotel Maksoud
Plaza, no final de novembro do
ano passado, em que Favre teria
recebido a "caixinha" de US$ 300
mil de Capuano, como parte de
um esquema de favorecimento às
empresas de ônibus pela Prefeitura de São Paulo.
Santos, que já foi conhecido por
"Gordo Milionário" e está preso
desde 13 de março, também disse
que João Tarcísio Borges, ex-sócio de Capuano em São Paulo e
em Campinas, participara do encontro no hotel, assim com um
terceiro empresário -cuja identidade não foi revelada.
A Folha conseguiu contatar
Borges na semana passada, que
também é investigado pela polícia
e que desmentiu ter se encontrado com Favre. "Nunca fui ao
Maksoud. Não tenho conhecimento de nada disso", afirmou
Borges, de Belo Horizonte, em entrevista por telefone.
"Se houve alguma coisa, alguma
conversa dele com o Leonardo...
Mas eu não acredito", declarou
Borges, que disse não ter mais nenhum negócio com Capuano.
Um parente de Capuano ouvido
pela reportagem na cidade de Patrocínio, em Minas, utilizou um
outro argumento que, na opinião
dele, desqualificaria a versão dada
por Santos à polícia sobre a "caixinha" de US$ 300 mil ao marido da
prefeita Marta Suplicy.
Embora não tenha conversado
com Leonardo Capuano sobre esse tema, ele argumenta que, em
novembro de 2002 [data do suposto encontro no Maksoud Plaza relatado por Santos", Capuano
já havia vendido suas viações em
São Paulo e começara a preparar a
sua ida a Patrocínio -ou seja,
não teria por que dar dinheiro a
ninguém para manter algum "esquema" de favorecimento.
O marido da prefeita também
sempre negou as acusações de
Santos e, após saber do depoimento de Santos, enviou, por
meio de seu advogado, uma petição à polícia se colocando "inteiramente à disposição" para comparecer à delegacia, depor e prestar todos os esclarecimentos.
Luiz Fernando Pacheco, que defende Favre, classificou as acusações de terem "conteúdo absolutamente inverídico e infamante".
(AI E CHICO DE GOIS)
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