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TRANSPORTE
Motoristas de ônibus tomam viações fechadas e ameaçam parar amanhã
Motoristas e cobradores de
São Paulo tomaram as garagens
de empresas fechadas pela prefeitura durante a madrugada de
ontem, colocaram parte da frota
nas ruas sem autorização e
ameaçam fazer greve amanhã.
A categoria protesta contra as
demissões nessas nove viações,
que tiveram encerrada a fase de
intervenção da administração
Marta Suplicy (PT) ou foram excluídas da assinatura dos novos
contratos emergenciais, assinados anteontem, por até 180 dias.
Essas nove empresas representam perto de 20% do sistema
de ônibus municipal. Cinco delas estavam sob controle da
SPTrans (São Paulo Transporte)
-Expresso América do Sul, Parelheiros, Santa Bárbara, Cidade
Tiradentes e São Judas. Duas estavam sob auditoria municipal
-Serra Negra e Marazul. A Viação América do Sul foi excluída
por não participar da licitação.
A Solution Bus, por não ser habilitada na concorrência.
"Tiramos os "laranjas" do sistema", comemorava Jilmar Tatto,
secretário dos Transportes. Segundo ele, as linhas dessas viações foram passadas às demais.
Moradores apedrejaram e incendiaram ônibus de pelo menos duas empresas. O sindicato
instruiu os profissionais a trabalharem normalmente. "A medida vai deixar 13 mil pessoas desempregadas", afirmou Edivaldo Santiago, presidente da entidade. Segundo ele, uma assembléia irá decidir se toda a categoria entra em greve amanhã.
Na Cidade Tiradentes, os 38
ônibus que saíram às ruas ontem atenderam gratuitamente
os usuários. Para a prefeitura, os
ônibus das empresas que circularam são clandestinos e 280 fiscais da SPTrans foram às ruas
para apreendê-los.
Tatto disse que os ônibus podem ser leiloados e que não sabe
quantos trabalhadores ficarão
desempregados com a exclusão
das nove viações.
(DO "AGORA")
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