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Plantão Médico
Exercício super-lento também ajuda
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Atualmente está bem estabelecido que os exercícios resistidos, sob adequado controle, proporcionam significativa melhora física e emocional a seus praticantes.
Os idosos, em particular,
passam a apresentar melhor
condicionamento físico, o que
os ajuda a evitar a atrofia muscular conseqüente à vida sedentária e pode prevenir os
conhecidos tropeços e quedas
que resultam em graves fraturas, por vezes fatais.
Há alguns anos, um outro
tipo de exercício de resistência foi sugerido nos mesmos
moldes dos resistidos, porém
com movimentos lentos e menos repetições ao exercício.
Ken Hutchins, autor da proposta, considera que este tipo
de atividade melhora a qualidade da contratura muscular
e a força do músculo.
Essa afirmação, contudo,
contraria a opinião de outros
especialistas em atividades
esportivas.
Estudos
A médica Alexandra Sänger
e colaboradores da Universidade de Salzburgo, na Áustria,
estudaram os dois métodos de
treinamento físico e apresentaram o resultado da pesquisa
na reunião anual da Sociedade
de Biologia Experimental que
se desenvolve em Marselha,
na França.
Foram realizadas biópsias
em músculos da coxa de mulheres na menopausa, com
idades entre 45 e 55 anos, antes e depois de 12 semanas,
executando os dois tipos de
exercícios.
A conclusão foi que ambos
os métodos melhoram a massa muscular às expensas dos
tecidos conectivo e gorduroso. E, ao contrário das expectativas, o método super-lento
parece ter apresentado maior
efeito sobre os músculos.
De qualquer forma, o importante é que o exercício
programado para uma ou para
outra forma de exercício contribui de forma significativa
para reduzir o risco de lesões e
ferimentos, o que acaba contribuindo para uma melhor
qualidade de vida para os idosos praticantes.
julio@uol.com.br
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