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URBANISMO
Prefeitura diz que reformou 60, mas algumas continuam sujas; cidade tem 2.700
Campanha inclui praça não-reformada
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A Prefeitura de São Paulo veiculou propaganda em rádio e televisão, durante todo o mês de junho,
informando à população sobre
obras de recuperação em 60 das
quase 2.700 praças da cidade.
Foram 400 inserções no total
-dizendo que "os jardins e praças de São Paulo estavam sujos,
feios e abandonados", mas que a
situação estaria mudando a partir
de reformas da prefeitura.
A reportagem esteve em 56 das
praças listadas como reformadas
pela atual gestão. Constatou que
nem todas estão "de novo visual",
como apregoa a campanha publicitária. Além disso, muitas das reformas limitam-se, por exemplo,
a poda de árvores. Em dez delas, a
reforma nem começou.
Na Vila Mariana (zona sul), em
três das nove praças reformadas,
há sujeira, bancos pichados, calçadas deterioradas e lixeiras quebradas. Na praça Giordano Bruno, a reforma parece ter sido feita
pela metade. A praça possui dois
playgrounds, mas um deles está
com os brinquedos quebrados e
pichados. A única lixeira que há
no local está quebrada. Já na praça
que fica no cruzamento da avenida Jabaquara com a rua Fagundes
Filho não há sinal de reforma, o
que é reafirmado por moradores e
comerciantes.
"Às vezes, o pessoal da prefeitura passa por aqui. Mas quem cuida mesmo é a comunidade", diz
Ana Tani, que tem uma banca de
jornal há mais de 15 anos no local.
A Administração Regional da
Vila Mariana informou que foram gastos R$ 150 mil nas reformas, que foram feitas em dezembro do ano passado e diz que as
praças estão em "permanente rodízio de manutenção". Mas admite que há problemas em algumas
delas, causados principalmente
por "atos de vandalismo".
Em Guaianazes (zona leste), a
praça da rua Manoel Francisco
Araújo, que também aparece na
lista das reformadas, ainda não
havia sofrido qualquer intervenção da prefeitura durante visita da
reportagem na quinta-feira. Segundo a regional, ela será reformada nos próximos dias.
Já em Santo Amaro, as obras da
prefeitura deram vida nova a quatro praças. Uma delas, a Arlindo
Rossi, fica atrás da favela da avenida Água Espraiada. Com R$ 23
mil, a regional reformou todo o
local e, segundo moradores, criou
uma nova opção de lazer.
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