|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"É como cuidar dos dentes", diz jovem portadora da doença há dez anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Vanessa Fraia Mateus, 17, descobriu ser portadora do diabetes
tipo 1 há dez anos. Membro da diretoria juvenil da ADJ, ela costuma fazer uma comparação para
convencer outros diabéticos a
aderir à rotina de cuidados: "É como cuidar dos dentes. Você tem
de dar atenção para mantê-los.
Precisa escovar, passar fio dental.
Você cuida porque é seu corpo".
Adolescentes com diabetes costumam considerar a doença "um
castigo, uma punição", diz
Guacyra Guaranha, psicóloga da
associação. "Mas, se a doença for
bem controlada, ele poderá ter
uma vida organizada, até mais
saudável", diz Guacyra.
Alguns pais exageram na superproteção, por medo, ou, ao contrário, dão liberdade demais para
compensar as dificuldades por
que passa o jovem. Para o endocrinologista Marco Antonio Vivolo, que há 23 anos organiza acampamentos para jovens diabéticos,
pais devem ter conhecimento da
doença para poder ter diálogo
com eles. "É preciso discutir os
prós e contras e deixar que as decisões sejam do jovem."
Antônio Roberto Chacra, presidente da Associação Latino-Americana de Diabetes, diz que o uso
de bombas de insulina (que, presas ao corpo, injetam o hormônio
por um cateter) são hoje uma solução para quem não quer as injeções. No futuro, a insulina inalável ou em cápsulas, ambas em estudo, poderão facilitar ainda mais
a vida do portador. Há significativos avanços ainda nas pesquisas
sobre transplante de ilhotas (unidades produtoras de insulina). No
diabetes do tipo 1, as células que
produzem insulina são destruídas
pelo sistema imunológico.
Texto Anterior: Saúde: Dieta adaptada auxilia jovem diabético Próximo Texto: Plantão - Julio Abramczyk: Baixa remuneração gera graves problemas na saúde Índice
|