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EDUCAÇÃO
SP tem a sexta pior avaliação do Brasil
Dos 731 cursos que receberam nota no Estado, 208, ou 28,5%, obtiveram notas 1 e 2 em uma escala que vai até 5
Situação é pior em AL, DF, RJ, AM e PB; São Paulo está em 18º lugar entre os Estados que têm cursos com mais notas máximas, diz MEC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Estado de São Paulo teve a
sexta pior avaliação no conceito Enade no país. A classificação considera esse conceito,
calculado somente a partir do
resultado da prova, sem considerar outros indicadores educacionais. São Paulo ficou atrás
apenas dos Estados de Alagoas,
Rio de Janeiro, Amazonas e Paraíba e do Distrito Federal.
Dos 731 cursos que receberam nota em São Paulo, 208, ou
28,5%, obtiveram notas 1 e 2
em uma escala de 1 a 5.
São Paulo fica em 18º lugar na
lista dos Estados com maior
percentual de cursos com notas
máximas: apenas 14,6% obtiveram conceito Enade 4 e 5. Sob
esse critério, o ensino superior
paulista está atrás de unidades
da federação mais pobres, como Rio Grande do Norte, Acre e
Piauí -elas, por outro lado, têm
menos cursos universitários. O
Rio Grande do Sul é o Estado
com mais cursos com as notas
máximas -32,2%.
O secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo,
Carlos Vogt, foi procurado ontem pela reportagem. Assessores disseram que ele não poderia falar porque estava em compromissos. As três universidades estaduais de São Paulo
(USP, Unesp e Unicamp) estão
ligadas à secretaria.
A Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) não
aderiu ao Enade sob o argumento de que o exame não é
obrigatório.
"Para essa decisão, a Unicamp levou em conta que a lei
10.861 não é mandatória em relação às universidades estaduais paulistas, uma vez que a
Lei de Diretrizes e Bases define
claramente esferas de competência", diz a Unicamp em nota.
A USP (Universidade de São
Paulo) também não participa
da avaliação e não quis se manifestar a respeito de não participar da avaliação do MEC.
A Unesp, a única estadual a
participar do exame do ministério e que tem seis cursos entre os nove mais bem avaliados
no Estado, atribui o que chama
de "ótimo resultado" ao "trabalho sistemático das coordenações de cursos e também à qualificação dos profissionais".
Em Rio Claro, no entanto, a
universidade teve nota 2 para o
curso de educação física. "Os
cursos que não tiveram conceito ótimo ou bom foram aqueles
nos quais provavelmente houve resistência, por parte de um
número expressivo de alunos,
em participar dessa avaliação".
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