São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2008

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EDUCAÇÃO

SP tem a sexta pior avaliação do Brasil

Dos 731 cursos que receberam nota no Estado, 208, ou 28,5%, obtiveram notas 1 e 2 em uma escala que vai até 5

Situação é pior em AL, DF, RJ, AM e PB; São Paulo está em 18º lugar entre os Estados que têm cursos com mais notas máximas, diz MEC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Estado de São Paulo teve a sexta pior avaliação no conceito Enade no país. A classificação considera esse conceito, calculado somente a partir do resultado da prova, sem considerar outros indicadores educacionais. São Paulo ficou atrás apenas dos Estados de Alagoas, Rio de Janeiro, Amazonas e Paraíba e do Distrito Federal.
Dos 731 cursos que receberam nota em São Paulo, 208, ou 28,5%, obtiveram notas 1 e 2 em uma escala de 1 a 5.
São Paulo fica em 18º lugar na lista dos Estados com maior percentual de cursos com notas máximas: apenas 14,6% obtiveram conceito Enade 4 e 5. Sob esse critério, o ensino superior paulista está atrás de unidades da federação mais pobres, como Rio Grande do Norte, Acre e Piauí -elas, por outro lado, têm menos cursos universitários. O Rio Grande do Sul é o Estado com mais cursos com as notas máximas -32,2%.
O secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo, Carlos Vogt, foi procurado ontem pela reportagem. Assessores disseram que ele não poderia falar porque estava em compromissos. As três universidades estaduais de São Paulo (USP, Unesp e Unicamp) estão ligadas à secretaria.
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) não aderiu ao Enade sob o argumento de que o exame não é obrigatório.
"Para essa decisão, a Unicamp levou em conta que a lei 10.861 não é mandatória em relação às universidades estaduais paulistas, uma vez que a Lei de Diretrizes e Bases define claramente esferas de competência", diz a Unicamp em nota.
A USP (Universidade de São Paulo) também não participa da avaliação e não quis se manifestar a respeito de não participar da avaliação do MEC.
A Unesp, a única estadual a participar do exame do ministério e que tem seis cursos entre os nove mais bem avaliados no Estado, atribui o que chama de "ótimo resultado" ao "trabalho sistemático das coordenações de cursos e também à qualificação dos profissionais".
Em Rio Claro, no entanto, a universidade teve nota 2 para o curso de educação física. "Os cursos que não tiveram conceito ótimo ou bom foram aqueles nos quais provavelmente houve resistência, por parte de um número expressivo de alunos, em participar dessa avaliação".


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