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Polícia acha quadros de Segall e Di Cavalcanti
As duas obras haviam sido roubadas em 12 de junho da Estação Pinacoteca
Polícia Civil encontrou "Mulheres na Janela", de Di Cavalcanti, e "O Casal", de Segall, em Guaianases;
uma pessoa foi detida
RACHEL AÑÓN
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil encontrou na
noite de ontem mais duas obras
roubadas da Estação Pinacoteca, em São Paulo, em junho.
Foram recuperadas "Mulheres na Janela", de Di Cavalcanti
(1897-1976), avaliada em US$
500 mil, e "O Casal", de Lasar
Segall (1891-1957), estimada
entre US$ 30 mil e US$ 40 mil.
As obras estavam em Guaianases, na zona leste de São Paulo.
Uma gravura de Pablo Picasso ainda está desaparecida -a
gravura "O Pintor e Seu Modelo", também do autor, havia sido recuperada em 18 de julho
em um prédio de Itaquera,
também na zona leste.
Na ação de ontem, policiais
da Delegacia de Repressão a
Roubos Especiais do Deic (Departamento de Investigações
sobre o Crime Organizado)
prenderam o gerente de padaria Edmilson Silva do Nascimento, 29, acusado do roubo.
Também foi identificado, segundo a polícia, um terceiro homem envolvido no roubo. A polícia, porém, informou que daria detalhes da operação apenas na tarde de hoje, em uma
entrevista na sede do Deic.
O roubo
O roubo à Pinacoteca ocorreu em 12 de junho, por três homens, quando ao menos um deles estava armado.
Os assaltantes, que não usavam máscara nem capuz, entraram como visitantes, pagaram ingresso de R$ 4 e subiram
de elevador até o segundo andar, onde estavam as obras.
Na hora do crime, pelo menos 120 pessoas estavam no
edifício, incluindo estudantes
do ensino médio.
A sala era vigiada por três
monitores, que também tinham a função de seguranças,
mas trabalham desarmados.
Após render os funcionários,
eles desparafusaram as gravuras de Picasso -com uma chave
de fenda que estaria no bolso de
um dos assaltantes- e retiraram da parede as outras duas.
As obras foram colocadas em
duas sacolas brancas. Os criminosos desceram as escadas e
saíram para o pátio que dá para
o estacionamento. Eles não foram seguidos por nenhum funcionário. A ação durou cerca de
dez minutos, segundo a polícia.
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