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Advogado parou de fumar com ajuda pública
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Gino Caracciolo,
41, fumou por cerca de 20 anos.
Parou há dois após receber ajuda do centro especializado estadual (Cratod), em São Paulo.
"Cheguei a sentir vergonha
de fumar. Tinha medo de incomodar as pessoas. Mas sofria
muito quando parava. Conselhos não surtem efeito", diz o
advogado, que já havia tentado
parar de fumar sozinho.
Depois de abandonar "duas
ou três vezes" suas tentativas
de parar de fumar sem ajuda especializada, recorreu, primeiro,
ao 0800 do verso do maço de cigarros. "Embora o pessoal seja
bem atencioso, a ajuda é limitada. São só informações. Praticamente te ensinam a auto-ajuda. É difícil. Você precisa do
apoio de alguém, lembrando
sempre da necessidade de parar", afirmou ele.
Caracciolo recebeu das mãos
da irmã, que sempre reclamava
do tabagismo, o número do
centro especializado onde conseguiu a ajuda. Para isso, porém, teve de esperar mais um
pouco: cerca de um ano até
conseguir ingressar no programa. "Quando me chamaram, eu
já não tinha meu escritório no
centro. Uma exigência é você
ser da região. Mesmo assim me
atenderam."
O Cratod, que fica no Bom
Retiro (região central), é responsável pelo atendimento da
população das subprefeituras
da Sé (385 mil habitantes), Lapa (276 mil habitantes) e Mooca (313 mil habitantes).
O advogado disse ter sentido
uma queda na qualidade de vida muito grande e viu a necessidade de parar com o tabaco.
"Eu sempre fui atleta e tocava
clarinete. Vi que estava perdendo o fôlego. Meu pai dizia,
quando tocava para ele, que tinha pulmão de aço. Por fim, parecia pulmão de plástico".
Livre do vício, o advogado
afirma ser agora "ativista contra o cigarro". "Mas não daqueles chatos. Tenho no meu celular o número do Cratod (xx/
11/3329-4455) e passo para
quem me diz ter alguém querendo parar", conta ele, que fumava uma maço por dia.
Caracciolo disse que apesar
dos anos de fumo e a quantidade de cigarros, conseguiu largar
o tabagismo apenas com os
adesivos de nicotina. Não precisou de antidepressivos e engordou apenas "quatro ou cinco quilos". "Eu parei no dia 10
de agosto. Em homenagem a
minha mulher, que também
parou nesse dia", afirmou.
Uma das principais vantagens que o advogado disse ver
por ter conseguido largar o tabagismo foi poder realizar trabalhos na sua religião. Como
espírita, não podia participar
de atividades em razão do uso
fumo (como o álcool).
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