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Pele clara e antecedente familiar indicam risco
DA REPORTAGEM LOCAL
Crianças de pele, cabelos ou
olhos claros, com sardas, "que se
queimam mais que bronzeiam",
ou com casos de câncer na família
são as que mais correm risco sob
o sol, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As novas campanhas da entidade têm enfatizado que, além do
filtro solar -de no mínimo fator
15 e passado várias vezes ao dia-,
é necessária proteção física
-roupa, chapéu, guarda-sol de
algodão, mais protetor.
Jayme de Oliveira Filho, professor-titular de dermatologia da
Universidade Santo Amaro, de
São Paulo, lembra que muitos
carrinhos de bebê têm cobertura
plástica, ineficiente.
"O plástico deixa passar 50% da
radiação solar", afirma ele.
Homens
Além das crianças e adolescentes, os homens em geral correm
mais risco sob o sol. Eles detestam
se sentir lambuzados. Muitos chegam a não acreditar que o sol possa fazer mal, dizem os médicos.
Uma pesquisa realizada pela sociedade no ano passado mostrou
que 69% dos brasileiros não utilizam nenhuma proteção solar.
Eles usavam menos produtos do
que elas.
O cantor Felipe Dylon, 15, diz
que usa filtro solar 30, em loção
-que não lambuza-, sempre
que surfa. "Tem de se proteger. As
meninas usam mais porque levam bolsa para a praia. Eu passo
em casa."
O preço dos produtos também
explica a "rejeição". E ainda o fato
de o câncer da pele ser menos letal, menos "assustador". Provoca
o menor número de mortes, desde que tratado no início. Estima-se que 2.000 pessoas morrerão de
câncer de pele neste ano no país.
O melanoma é o tipo mais
agressivo. Segundo Gilles Landman, do Grupo Brasileiro de Melanoma, se tiver um milímetro de
profundidade e for retirado, o paciente tem 98% de chances de cura. Se atingir 4 mm, as chances
caem para 50%. Os sinais que chamam a atenção são pintas escuras
ou marrons que mudam de cor,
coçam ou sangram.
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