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Parceria entre gestões do PT e do PSDB funciona
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo menos na prevenção
às enchentes a prefeita Marta Suplicy (PT) e o governador Geraldo Alckmin
(PSDB) firmaram uma parceria e estão se entendendo.
O trabalho conjunto, para a
construção de piscinões, é
apontado por especialistas
do setor como um fator positivo na gestão dos recursos
hídricos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana, seriam necessários 43 piscinões para
minimizar os efeitos das
chuvas de verão.
Atualmente, a cidade possui 14 -sete deles construídos na atual administração.
Outros três foram finalizados graças à parceria com o
governo do Estado.
"Estamos firmando parcerias com as cidades da região
metropolitana para construir piscinões. Tentando
implantar uma visão metropolitana na questão das
águas, segundo o diagnóstico do Plano de Macrodrenagem da bacia do Alto Tietê",
afirmou o secretário Estadual de Energia, Recursos
Hídricos e Saneamento,
Mauro Arce.
Desde 1999, nos municípios da Grande São Paulo,
foram investidos pelo governo do Estado R$ 115 milhões
na construção de 15 piscinões. Outros R$ 37 milhões
estão sendo investidos na
construção de mais cinco.
Os valores são referentes
aos custos das obras, uma
vez que, pela parceria, o terreno e a manutenção do piscinão ficam sob responsabilidade das prefeituras.
O secretário ressalta também o andamento das obras
de rebaixamento e alargamento da calha do rio Tietê,
estimadas em R$ 688 milhões -75% provenientes
do JBIC (Japan Bank International Cooperation) e o
restante pago pelo governo
do Estado.
"Estão sendo feitos investimentos importantes, tanto
da parte da prefeitura quanto da do Estado. As obras de
drenagem são muito caras e
o poder público está fazendo. A parceria entre as prefeituras e o Estado é positiva", afirma o engenheiro
Mario Thadeu Leme de Barros, do Departamento de
Engenharia Hidráulica e Sanitária da Poli/USP.
O engenheiro ressalta, porém, que as obras de drenagem não vão acabar com o
problema, apenas minimizar os efeitos das inundações. "Isso é preciso deixar
claro, elas são necessárias e
deverão ser feitas pelas futuras administrações continuamente, mas não vão evitar que aconteçam novas
inundações", afirma Leme
de Barros.
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