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Lixo também prejudica escoamento
DA REPORTAGEM LOCAL
A cada final de semana, os funcionários da prefeitura retiram 60
toneladas de lixo das marginais
Tietê e Pinheiros e de grandes
avenidas, como Rebouças e 23 de
Maio. Do leito do rio Tietê, em
quase dois anos, foram retirados
11 mil toneladas de lixo, além de
pneus, camas, armários, cadeiras,
brinquedos e todo tipo de objeto
que se possa imaginar.
Todo esse material, depositado
pela população nas ruas e calçadas, acaba prejudicando o escoamento das águas em dias de chuva. "O cigarro que alguém joga no
chão da avenida Paulista vai, uma
hora, chegar ao rio, seja por meio
das galerias subterrâneas ou com
as enxurradas. É importante a colaboração da população", explica
o engenheiro Ricardo Borsari, superintendente do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo do Estado.
Borsari afirma que a melhor
contribuição da sociedade na prevenção de inundações ainda é a
limpeza das ruas, evitando jogar
lixo e entulho nos córregos e rios.
Dentre as medidas não-estruturais para combater as enchentes, a
educação merece destaque, explica a geógrafa Vanderli Custódio.
"Não é apenas informar ou adestrar a população, mas educar. É
importante saber por que as campanhas que têm sido feitas para as
pessoas não jogarem lixo nas ruas
e nos córregos não têm surtido
efeito. É necessária uma ação conjunta para compreender como a
população mais carente entende o
espaço urbano", diz.
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