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Estudo indica descuido do brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) conduz uma pesquisa com o Instituto Vox Populi
que mostrou que, dos 9,2% dos
brasileiros que disseram ter o
diagnóstico de colesterol elevado,
87,5% não tomam medicamento
nem fazem dieta.
O levantamento, em 70 cidades
do país, baseará o movimento que
a entidade pretende fazer para aumentar o acesso a medicamentos
para o colesterol no SUS (Sistema
Único de Saúde) e as ações preventivas. Segundo Raimundo
Marques Nascimento, diretor-executivo da sociedade, o acesso é
essencial principalmente por causa das evidências de que hábitos
de vida saudáveis não são suficientes para derrotar o colesterol.
Ele cita um outro levantamento,
patrocinado por dois laboratórios
farmacêuticos, que mostrou taxas
elevadas de colesterol tanto em
municípios com alto padrão de
vida -São Caetano do Sul, no
ABC paulista -, e em favelas.
O estudo encontrou taxa de colesterol total acima de 240 mg/dl
em 9% da população de São Caetano, 8% na da favela Brasília Teimosa, no Recife, e 11% na favela
de Alagados, em Salvador.
Segundo Nascimento, enquanto nas favelas o problema era a alimentação rica em gordura, na cidade o problema era o sedentarismo -para a SBC, são urgentes
ações diferentes de prevenção.
O Ministério da Saúde informou estar discutindo a expansão
das distribuição dos medicamentos. De acordo com Rosa Sampaio
Villa-Nova, coordenadora do
Programa de Hipertensão e Diabetes da pasta, também está em
debate uma ação intergovernamental para aumentar o consumo
e produção de frutas e vegetais. A
inspiração é a campanha norte-americana "5 a day", que estimula
o consumo de cinco porções de
frutas e outros vegetais por dia.
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