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Chegada de animal melhorou problema
DA REPORTAGEM LOCAL
Durante um ano, a maquiadora
Ângela Nagy Duran, 29, relutou
em atender os insistentes apelos
dos filhos Arthur, 10, Vitória, 3, e
Raquel, 2, para a compra de um
cachorro. O maior temor era que
o pêlo do animal agravasse a rinite
alérgica de Arthur e a dermatite
atópica de Vitória.
Mas há dois meses a família se
rendeu aos encantos da cocker
spaniel Teca. Coincidência ou
não, durante esse período nenhuma das crianças teve problemas
alérgicos.
"O Arthur acordava todos os
dias espirrando. Notamos que,
desde que a Teca chegou, os espirros cessaram", afirma. A menina
Vitória, de acordo com Ângela,
também não teve mais os sintomas da dermatite.
Segundo o pediatra Charles
Naspitz, não há nenhuma evidência científica de que o contato
com cães possa melhorar quadros
alérgicos. "Pelo contrário, temos
muitos estudos que mostram que
esse contato pode piorar uma reação alérgica."
A explicação para o desaparecimento dos sintomas, diz Naspitz,
pode estar no aspecto emocional.
Os psicólogos são unânimes em
ressaltar a importância de um bicho de estimação na vida de uma
criança (leia texto nesta página).
No caso de Vitória, a explicação
é bem plausível. Segundo Ângela,
a menina sentiu muito o nascimento da irmã caçula e, desde então, passou a desenvolver uma
dermatite que inchava os olhos, a
boca, as juntas e os cotovelos.
A primeira providência da dentista Ana Carolina Martinelli, 34,
ao descobrir que o filho Lucas, 4,
tinha dermatite atópica foi afastar
o beagle Toy do convívio familiar,
dando o cão a uma prima que
mora no interior. Segundo ela, a
orientação foi da pediatra, que temia que o contato com o cachorro
agravasse a inflamação de Lucas.
"Foi difícil para todos nós porque ele já estava conosco havia
dois anos. Era o nosso segundo filho", afirma Ana Carolina.
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