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Padre é contra distribuição de camisinhas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Há 46 anos como vigário
de Brejo Santo (a 512 km de
Fortaleza), o padre Dernival
Anchieta Gondim, 71, mandou retirar uma barraca na
praça central do município
que distribuía camisinhas
no Carnaval deste ano.
"No Carnaval, o padre
proíbe a distribuição de camisinhas. Como é que uma
campanha pode dar certo
com esse tipo de intromissão?", questiona o voluntário do Gapa (Grupo de
Apoio à Prevenção à Aids)
do Ceará Armando de Paula.
Para o padre, porém, não
há incompatibilidade entre
uma campanha contra a
Aids e a proibição de camisinhas. "A igreja faz campanha contra a Aids, alerta os
fiéis sobre os riscos da doença, mas não essa campanha
ostensiva, que desperta na
pessoa a busca do prazer pelo sexo", disse o padre.
"Carnaval é um momento
de mostrar a alegria, ninguém é obrigado a fazer sexo. Ao distribuir camisinhas,
a barraquinha dizia à pessoa
"vá fazer sexo". Isso não consinto na minha paróquia."
O método que, para o padre, é o mais eficaz na prevenção da Aids é o sexo só
após o casamento. Para ele,
as campanhas que aparecem
na televisão são um "mau
exemplo". "O que falta é
orientar a juventude, que fica muito influenciada pelo
modernismo da capital."
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