JULIO ABRAMCZYK

Atualmente, estamos caminhando para que o tratamento clínico com novos medicamentos venha a substituir a cirurgia do transplante cardíaco em portadores de insuficiência cardíaca em estágio final.
É o que sugere editorial do "British Medical Journal" de ontem. Os médicos Ani Anyanwu e Tom Treasure assinalam que o transplante cardíaco alivia os sintomas da insuficiência cardíaca em mais de 90% dos sobreviventes da operação, melhorando a qualidade de vida desses pacientes.
Mas as opções para os potenciais receptores dos transplantes de coração estão mudando. Pesquisas recentes com portadores de insuficiência cardíaca avançada, tratados com inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina), mostraram que mais de 90% dos pacientes continuavam vivos um ano após o início do tratamento.
Segundo Anyanwu e Treasure, enquanto há mais de 20 anos a morte era certa para os doentes que não fizessem transplante, atualmente alguns pacientes potencialmente têm um prognóstico similar só com o tratamento clínico.
Um caminho semelhante ocorreu com a tuberculose. Há pouco mais de 50 anos, o tratamento da tuberculose era cirúrgico. Foi substituído por remédios. Os cirurgiões de tórax deixaram de realizar a colapsoterapia pulmonar para murchar o pulmão e fechar as cavernas tuberculosas.
Passaram, então, a operar o outro órgão do tórax, o coração, como foi o caso do professor E. de Jesus Zerbini, pioneiro do transplante cardíaco no Brasil.

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BIOÉTICA
Tema obrigatório na residência médica
Conforme foi publicado em dezembro no Diário Oficial da União, uma resolução da Comissão Nacional de Residência Médica determina que a abordagem de temas relacionados a bioética e ética médica é obrigatória nos programas de Residência Médica. Atualmente, há 16.803 médicos inscritos em 424 instituições que oferecem residência médica em todo o Brasil.

EMERGÊNCIAS
Hospital Emílio Ribas tem curso de reciclagem
Visando a reciclagem de médicos e residentes que atuam nas unidades de emergência, será realizado de 15 a 26 de abril o 2º Curso de Emergências Médicas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, da Secretaria da Saúde do Estado. A coordenação do curso será do médico Carlos Frederico Dantas Anjos. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0/xx/11/ 3083-4883.


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