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PLANTÃO MÉDICO
Aspirina pode ter nova aplicação
JULIO ABRAMCZYK
Há mais de cem anos, dois remédios iniciaram uma vitoriosa
caminhada por diferentes rotas.
Em 1899, na Alemanha, o ácido
acetilsalicílico (AAS) chegou às
farmácias sob o nome comercial
de Aspirina. Em 1866, uma pequena farmácia de Atlanta, nos
Estados Unidos, começou a vender um xarope que, depois de diluído e gelado, tornou-se o refrigerante conhecido até hoje pelo
nome de Coca-Cola.
Enquanto o refrigerante continua sendo apenas uma bebida, o
AAS, ao longo dos anos, vem tendo novas indicações terapêuticas.
Ele pode prevenir o infarto e ser
usado como antitérmico e antiinflamatório. É contra-indicado,
entretanto, para pessoas com problemas gástricos.
Atualmente, relata no editorial
do "British Medical Journal" de
ontem a médica Eva M. Kohner,
do St. Thomass Hospital, de Londres, estão sendo conduzidos em
cães e ratos diabéticos estudos sobre a atividade do AAS na retinopatia diabética (alterações provocadas pelo diabetes na retina, a camada mais interna do olho, que
recebe os estímulos visuais e os
transmite ao cérebro através do
nervo óptico).
Os estudos sobre a eficácia do
ácido acetilsalicílico para essa
doença ocular não são conclusivos por ausência de ensaios clínicos em seres humanos.
Mas, como a pesquisa básica sugere efeitos benéficos, poderá ser
mais uma indicação terapêutica
dessa substância centenária se
comprovada a eficiência clínica.
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