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Sono ruim pode se tornar fator
de obesidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A relação entre a obesidade e distúrbios de sono foi
um dos temas principais no
9º Congresso Brasileiro de
Sono, afirma Sérgio Barros,
que presidiu o encontro.
Segundo Francisco Hora
Fontes, coordenador do Laboratório do Sono da Beneficência Portuguesa de Salvador, o sobrepeso (IMC a
partir de 30) e a obesidade
mórbida (IMC acima de 40)
trazem maior risco de apnéia do sono -redução da
da respiração enquanto a
pessoa dorme. A gordura
atrapalha a passagem do ar
pelas vias aéreas superiores.
O IMC é o Índice de Massa
Corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado).
Mais de 50% dos obesos
mórbidos têm apnéia, que
causa sucessivos despertares
e pode levar à morte.
Pessoas que têm uma distribuição de gordura andróide (corpo em formato de
maçã), com circunferência
do pescoço acima de 43 centímetros, têm maior risco de
ter o problema, diz. Homens
têm mais esse padrão. Mulheres podem adquiri-lo
após a menopausa.
Na direção inversa, o sono
ruim também pode favorecer a obesidade. Obesos com
problemas para dormir têm
menos energia para fazer
exercícios físicos.
Distúrbios respiratórios
do sono também têm relação com doenças cardiovasculares, como a hipertensão,
pois levariam a danos nas artérias. "Aumenta o risco de
infarto e morte súbita", afirma Fontes. Segundo a cardiologista Fátima Cintra, da
Unifesp, o distúrbio respiratório do sono leva o corpo a
ficar sob efeito constante do
estresse, o que causa os prejuízos no coração.
(FL)
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