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Flagrado no RS, Gil Rugai volta a ser preso
Acusado de matar pai e madrasta em 2004, rapaz estava em liberdade provisória; ele não poderia sair de SP sem informar à Justiça, diz juiz
Prisão ocorreu na casa da mãe de Rugai, em SP; pela presunção da inocência, Rugai poderia até ter deixado o país, diz defesa
DO "AGORA"
O ex-seminarista Gil Rugai,
25, acusado de matar o pai e a
madrasta em 2004, foi preso
ontem, na casa da mãe dele, no
bairro da Barra Funda (zona
oeste de São Paulo).
A Justiça decretou a prisão
do rapaz após descobrir que ele,
que havia sido beneficiado pela
liberdade provisória em 2006,
estava morando em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O
processo ainda tramita na Justiça. Ele nega o crime.
O juiz Luiz Rogério Monteiro
de Oliveira, da 5ª Vara do Júri,
acatou pedido de prisão do Ministério Público, feito após reportagem do "Domingo Espetacular", da TV Record, flagrar
Rugai na cidade gaúcha passeando no shopping e tomando
cerveja. "O réu vem se ausentando reiteradamente do distrito da culpa por mais de um
ano, sem qualquer justificativa
ou comunicação a esse Juízo",
escreveu o magistrado.
Pela decisão, Rugai mudou
de endereço duas vezes no último ano: de São Paulo para o Rio
e do Rio para Santa Maria. A
conduta é vista pelo juiz como
prejudicial ao andamento do
inquérito. A decisão observa
que o fato de o rapaz estar trabalhando perto das fronteiras
com a Argentina e o Uruguai facilitaria uma eventual fuga.
Rugai voltou anteontem a
São Paulo. "Ele dormiu na casa
do irmão [em Perdizes], almoçou na casa da avó [no Sumaré]
e foi para a casa da mãe", contou o delegado da 1ª Seccional
do Centro, Dejar Gomes Neto.
A defesa de Rugai nega que o
réu quebrou a confiança ao sair
de São Paulo. De acordo com o
advogado dele, Fernando José
da Costa, Rugai, pelo princípio
da presunção da inocência,
"poderia sair da cidade, do Estado e até do país se quisesse,
sem que precisasse avisar ao
Judiciário". A defesa pedirá habeas corpus para Rugai hoje.
O pai de Rugai, o publicitário
Luiz Carlos Rugai, 40, e sua
mulher Alessandra Troitino,
33, foram mortos a tiros em 28
de março de 2004.
Entre as provas que a polícia
diz ter contra Rugai está o fato
de a arma usada no crime, uma
pistola calibre 380, ter sido encontrada no prédio onde o rapaz trabalhava. O acusado chegou a ficar preso por dois anos.
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