São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008

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Flagrado no RS, Gil Rugai volta a ser preso

Acusado de matar pai e madrasta em 2004, rapaz estava em liberdade provisória; ele não poderia sair de SP sem informar à Justiça, diz juiz

Prisão ocorreu na casa da mãe de Rugai, em SP; pela presunção da inocência, Rugai poderia até ter deixado o país, diz defesa


DO "AGORA"

O ex-seminarista Gil Rugai, 25, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, foi preso ontem, na casa da mãe dele, no bairro da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).
A Justiça decretou a prisão do rapaz após descobrir que ele, que havia sido beneficiado pela liberdade provisória em 2006, estava morando em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O processo ainda tramita na Justiça. Ele nega o crime.
O juiz Luiz Rogério Monteiro de Oliveira, da 5ª Vara do Júri, acatou pedido de prisão do Ministério Público, feito após reportagem do "Domingo Espetacular", da TV Record, flagrar Rugai na cidade gaúcha passeando no shopping e tomando cerveja. "O réu vem se ausentando reiteradamente do distrito da culpa por mais de um ano, sem qualquer justificativa ou comunicação a esse Juízo", escreveu o magistrado.
Pela decisão, Rugai mudou de endereço duas vezes no último ano: de São Paulo para o Rio e do Rio para Santa Maria. A conduta é vista pelo juiz como prejudicial ao andamento do inquérito. A decisão observa que o fato de o rapaz estar trabalhando perto das fronteiras com a Argentina e o Uruguai facilitaria uma eventual fuga.
Rugai voltou anteontem a São Paulo. "Ele dormiu na casa do irmão [em Perdizes], almoçou na casa da avó [no Sumaré] e foi para a casa da mãe", contou o delegado da 1ª Seccional do Centro, Dejar Gomes Neto.
A defesa de Rugai nega que o réu quebrou a confiança ao sair de São Paulo. De acordo com o advogado dele, Fernando José da Costa, Rugai, pelo princípio da presunção da inocência, "poderia sair da cidade, do Estado e até do país se quisesse, sem que precisasse avisar ao Judiciário". A defesa pedirá habeas corpus para Rugai hoje.
O pai de Rugai, o publicitário Luiz Carlos Rugai, 40, e sua mulher Alessandra Troitino, 33, foram mortos a tiros em 28 de março de 2004.
Entre as provas que a polícia diz ter contra Rugai está o fato de a arma usada no crime, uma pistola calibre 380, ter sido encontrada no prédio onde o rapaz trabalhava. O acusado chegou a ficar preso por dois anos.


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