São Paulo, quinta-feira, 11 de setembro de 2008

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Conselho tem só 1 computador em Ribeirão Pires

BRUNA SANIELE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A sede do conselho tutelar de Ribeirão Pires, que na semana passada devolveu os irmãos João Vitor,13, e Igor Giovani, 12, à família, tem três salas e apenas um computador. Fica num imóvel cedido pela prefeitura, no mesmo terreno da Secretaria de Promoção Social.
Dividem o espaço -e o computador- cinco conselheiros, responsáveis por atender crianças e adolescentes que tenham seus direitos ameaçados ou violados e, se necessário, encaminhá-los para abrigos -não podem acolher os jovens. São eleitos para mandatos de três anos e passam por capacitação, segundo a prefeitura. Recebem ajuda de custo mensal de R$ 790.
Segundo o representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, o conselho não tem a infra-estrutura ideal, mas ela é compatível com cidades do mesmo tamanho de Ribeirão Pires.
"A estrutura ideal permite o acesso dos conselheiros ao Sistema de Informação para a Infância e Adolescência, vinculado ao Ministério da Justiça, o que não ocorre em Ribeirão Pires", exemplifica.
Ariel se reuniu ontem com quatro dos cinco conselheiros do município -esteve ausente Edna Aparecida Ribeiro Amante, que atuou no caso dos dois irmãos assassinados. Ele recolheu, para análise, cópias de mais de 30 documentos sobre o episódio.


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