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Menina tinha 1,28 kg quando foi operada
DA REPORTAGEM LOCAL
"A cirurgia foi o de menos", diz Márcio Franco, 35,
pai de Vanessa do Carmo
Franco, bebê que tinha 1,28
kg quando foi operado.
A menina, que hoje tem
nove meses e 10 kg, teve dois
terços do pulmão direito removidos. O pedaço fora
atingido por uma doença
grave, a má-formação adenomatóide cística (veja quadro ao lado).
Vanessa passou por um
período muito ruim antes
que os médicos decidissem
que a cirurgia era necessária.
Teve de fazer uma série de
drenagens no tórax.
A mãe, Roseli, 39, teve
complicações na gravidez
por causa de sua pressão alta. "A cirurgia era o único remédio. Fiquei até mais tranquila do que o normal", diz.
As más-formações ocorrem com uma frequência
que varia de um caso a cada
2.000 partos a um caso a cada 5.000 partos, segundo a
Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica. As atresias, por exemplo, têm uma
frequência de um caso em
3.000 partos.
Na maioria das vezes, as
causas envolvem componentes genéticos.
Vanessa nasceu no sétimo
mês de gestação. O problema maior, afirmam os médicos, não é a prematuridade,
mas o peso do bebê. Quanto
menor, obviamente, mais
delicada se torna a condição
do bebê. Muitas crianças que
nascem no "prazo certo"
têm baixo peso (menos de
2,5 kg).
"O importante é que hoje
toda criança tem perspectiva
de sobrevida. E a mãe é co-participante. Tem de ter
uma atitude positiva, afastar
o pessimismo. Os métodos
de hoje minimizam ao máximo o sofrimento do bebê",
afirma o cirurgião Pedro
Munõz Fernandez.
(FL)
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