São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008

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Policiais têm nova rodada de negociação hoje

Entidades da Polícia Civil de São Paulo mantiveram a previsão de iniciar greve amanhã caso não haja proposta de reajuste

Até agora, o governo propôs reestruturar carreiras e gratificar delegados que acumulam funções, mas sem reajuste de salários


DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicatos e associações de policiais civis de São Paulo se reuniram com o governo ontem, mas decidiram manter a previsão de entrar em greve amanhã. Hoje à tarde deve acontecer uma última tentativa de negociar aumento salarial antes da paralisação. A reunião será com o secretário Sidney Beraldo (Gestão Pública).
Se a greve for confirmada, podem parar delegados, investigadores, escrivães e carcereiros -30% do efetivo será mantido para emergências.
A paralisação pode afetar a investigação e o registro de crimes. A Polícia Militar, que faz o patrulhamento de rua, não integra esse movimento.
As entidades não divulgam quanto pedem de reajuste. Segundo o governo, as reivindicações vão de 58% a 200%.
O governo propôs basicamente negociar uma reestruturação de carreiras e aprovou uma gratificação para delegados que acumulam funções.
"O governo está tentando esvaziar o movimento", disse João Batista Rebouças da Silva Neto, presidente do Sipesp (Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo). Segundo o delegado Sérgio Marcos Roque, presidente da Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), o que desagradou as entidades foi a falta de proposta de reajuste salarial.
Policiais civis ouvidos pela Folha afirmaram que a greve deverá ter maior adesão na zona leste e na região de Santo Amaro, na zona sul.
Policiais da zona leste disseram estar prontos para parar por tempo indeterminado.
Segundo o delegado aposentado Antônio Cláudio Soares Bonsegno, do sindicato dos delegados em Santos, a adesão ao movimento deve ser maior no interior do Estado. "É uma questão cultural. Os delegados de cidades pequenas são mais engajados nesse tipo de movimento", disse.
Em julho de 2007, policiais civis de São Paulo cruzaram os braços por 24 horas. A adesão chegou a 40% na capital e atingiu o índice de 80% em delegacias no interior.


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