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Policiais têm nova rodada de negociação hoje
Entidades da Polícia Civil de São Paulo mantiveram a previsão de iniciar greve amanhã caso não haja proposta de reajuste
Até agora, o governo propôs reestruturar carreiras e gratificar delegados que acumulam funções, mas sem reajuste de salários
DA REPORTAGEM LOCAL
Sindicatos e associações de
policiais civis de São Paulo se
reuniram com o governo ontem, mas decidiram manter a
previsão de entrar em greve
amanhã. Hoje à tarde deve
acontecer uma última tentativa
de negociar aumento salarial
antes da paralisação. A reunião
será com o secretário Sidney
Beraldo (Gestão Pública).
Se a greve for confirmada,
podem parar delegados, investigadores, escrivães e carcereiros -30% do efetivo será mantido para emergências.
A paralisação pode afetar a
investigação e o registro de crimes. A Polícia Militar, que faz o
patrulhamento de rua, não integra esse movimento.
As entidades não divulgam
quanto pedem de reajuste. Segundo o governo, as reivindicações vão de 58% a 200%.
O governo propôs basicamente negociar uma reestruturação de carreiras e aprovou
uma gratificação para delegados que acumulam funções.
"O governo está tentando esvaziar o movimento", disse
João Batista Rebouças da Silva
Neto, presidente do Sipesp
(Sindicato dos Investigadores
de Polícia do Estado de São
Paulo). Segundo o delegado
Sérgio Marcos Roque, presidente da Adpesp (Associação
dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), o que desagradou as entidades foi a falta
de proposta de reajuste salarial.
Policiais civis ouvidos pela
Folha afirmaram que a greve
deverá ter maior adesão na zona leste e na região de Santo
Amaro, na zona sul.
Policiais da zona leste disseram estar prontos para parar
por tempo indeterminado.
Segundo o delegado aposentado Antônio Cláudio Soares
Bonsegno, do sindicato dos delegados em Santos, a adesão ao
movimento deve ser maior no
interior do Estado. "É uma
questão cultural. Os delegados
de cidades pequenas são mais
engajados nesse tipo de movimento", disse.
Em julho de 2007, policiais
civis de São Paulo cruzaram os
braços por 24 horas. A adesão
chegou a 40% na capital e atingiu o índice de 80% em delegacias no interior.
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